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Angola

Big Six incluíram Angola na lista das economias hiperinflacionárias

Inflação acumulada de mais de 100% entre 2015 e 2017

Decisão das seis maiores empresas de auditoria do Mundo implica ajustamentos nas contas de 2017 dos bancos em função da inflação deste ano, mas isso não vai acontecer porque o BNA recusa que o País esteja em hiperinflação. Mas como o BNA não manda nos auditores, as contas de 2017 dos bancos angolanos serão aprovadas com uma reserva.

O comité que reúne as seis maiores empresas de auditoria do Mundo confirmou na primeira quinzena de Março a inclusão de Angola na lista das economias hiperinflacionárias, países que registam uma inflação acumulada nos últimos três anos próxima ou superior a 100%, soube o Expansão.
Entre Dezembro de 2014 e Dezembro de 2017, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) da Província de Luanda calculado pelo Instituto Nacional de Estatística, que serve de referência para a taxa de inflação em Angola, passou de 100 para 204,8. Feitas as contas, nos últimos três anos Angola registou uma inflação acumulada de 104,8%. A lista das economias hiperinflacionárias é liderada pela Venezuela com uma inflação acumulada de 5.649,9%, de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), seguida do Sudão do Sul com 2.068,9% e do Suriname com 203,3%. Não estão disponíveis dados para a Síria.
A classificação como economia hiperinflacionária é uma decisão exclusivamente técnica tomada anualmente pelas seis principais empresas de auditoria a nível global: PwC, acrónimo inglês de PricewaterhouseCoopers, EY ou Ernst & Young, KPMG, Delloite, BDO e a Grant Thornton. A elaboração da lista está relacionada com a aplicação da IAS 29, acrónimo de Norma Internacional de Contabilidade n.º 29, que obriga as empresas que utilizam essas normas contabilísticas a procederem ajustamentos nas suas contas quando operam em países com elevados níveis de inflação. Em Angola, as IAS começaram a ser adoptadas em 2016 por alguns bancos e pelo do Fundo Soberano. De acordo com o Aviso nº. 06/2016 do BNA, relativo à adopção das IAS/IFRS, esta última sigla acrónimo de Normas Internacionais de Relato Financeiro, todos os bancos devem apresentar as contas de 2017 de acordo com as IAS/IFRS.

(Leia o artigo na integra na edição 468 do Expansão, de sexta-feira 13 de Abril de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)