Como recebeu a notícia da sua escolha como 70.º Herói Mundial da Liberdade de Imprensa pelo Instituto Internacional da Imprensa?
Com bastante surpresa, primeiro porque aconteceu numa altura em que estou a ser julgado. Obviamente, que me deixou bastante alegre pela honra que me coube, não apenas pessoal, mas também para o jornalismo angolano. No entanto, sinto-me inadequado para receber o prémio, porque estou a fazer algo que é básico. Digo apenas algumas verdades sobre a situação real do País que a todos deve preocupar.

Está a dizer que vai renunciar ao prémio?
Não renuncio, digo inadequado por estar a fazer algo básico, mas agradeço bastante pelo prémio. Agradeço a oportunidade de dizer isto, porque é uma plataforma que serve para ampliar a minha voz, ao falar por muita gente que não tem voz. Estou apenas a dizer algumas verdades sobre o País que a todos deve preocupar. Muitas pessoas acreditam que é por ter recebido este prémio que eu consigo levar os seus problemas a quem de direito.

O que é que o prémio significa para si e o que representa para a liberdade de imprensa em Angola?
Para mim, é um reconhecimento, que muito me gratifica, mas devo dizer que é um pouco embaraçoso porque não sou muito dado a elogios. Contudo, os mais profundos agradecimentos ao Instituto Internacional da Imprensa, bem como a todos os cidadãos que, de uma ou outra forma, têm contribuído para o meu trabalho, como os colegas e as fontes. Este prémio dignifica o jornalismo angolano.

(Leia o artigo na integra na edição 474 do Expansão, de sexta-feira 25 de Maio de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)