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Mundo

Países ponderam uso de moeda chinesa como divisa de reserva

África Oriental e Austral

Economistas e banqueiros concordam que a utilização da moeda chinesa como divisa de reserva na África Oriental e Austral é uma possibilidade cada vez mais próxima. A internacionalização do renmimbi é uma prioridade de Pequim e está na agenda de 14 países africanos da região, entre os quais Angola.

Catorze países africanos que integram o Instituto de Gestão Macroeconómica e Financeira da África Oriental e Austral (MEFMI), com sede em Harare, Zimbabué, discutiram esta semana a possibilidade de usarem a moeda chinesa, o renmimbi, como divisa de reserva, em alternativa ao USD e ao Euro.
O fórum, que contou com a presença de quadros dos bancos centrais e governos dos 14 países, entre os quais se inclui Angola, Moçambique e a Namíbia, debateu as "Tendências na Gestão de Reservas Soberanas", cinco meses depois de a maioria dos países da região do MEFMI fecharem o ano de 2017 com as reservas "inferiores aos tradicionais três meses de referência de cobertura das importações". As Reservas Internacionais Líquidas de Angola, por exemplo, só dão para 5,6 meses de importações, quando a meta do Governo é de oito meses.
Em comunicado, o MEFMI lembra que as reservas na maioria dos países está em USD, em dissonância com as grandes mudanças na economia mundial, em que a "China e a Índia continuam a definir as tendências económicas como principais parceiros comerciais da região".
Francisco Paulo, investigador do Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola, não vê problemas no facto de estes países usarem a moeda chinesa nas trocas comerciais com a China. Tanto mais que, no caso de Angola, a China constitui o segundo maior parceiro comercial nas importações e o primeiro nas exportações.

(Leia o artigo na integra na edição 475 do Expansão, de sexta-feira 01 de Junho de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)