Tráfego nos aeroportos nacionais cresce 5% para 1,4 milhões de passageiros
Fluxo de passageiros doméstico caiu 3%, mas foi o que registou maior movimentação nos aeroportos do País, com 727.679 viajantes contabilizados nos primeiros seis meses do ano, ao passo que o tráfego internacional cresceu 14% para 606.723 passageiros (+84.668 de pessoas).
O tráfego aéreo de passageiros nos aeroportos nacionais cresceu 5% para cerca de 1,4 milhões de passageiros no I semestre deste ano face aos 1,3 milhões registados no mesmo período de 2024, o que significa que entraram e saíram mais 60.322 passageiros nos primeiros seis meses do ano em relação ao período homólogo, de acordo com cálculos do Expansão com base nos dados divulgados pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).
Estes números continuam longe dos registos alcançados no período pré-pandemia, já que em em 2019, o País registou, de entradas e saídas das portas dos aeroportos, quase 3,5 milhões de passageiros, o que compara com os 2,8 milhões de passageiros de 2024.
O baixo registo face ao período pré-pandemia, segundo o ANAC, deve-se a vários factores como: flutuações cambiais, que impactam na redução da procura por viagens aéreas, a lenta retoma em rotas internacionais e a redução da oferta de voos. "Persistem ainda desafios na conectividade regional, competitividade tarifária e o aumento dos custos operacionais", aponta a ANAC.
António Pombal, PCA da Airport Temporary Operator (ATO), a instituição responsável por gerir temporariamente o novo aeroporto, avançou durante o I Fórum Transportes e Logística do Expansão, que no primeiro semestre estavam activos apenas duas rotas com voos regionais, nomeadamente, Brazzaville e Kinshasa, no novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto (AIAAN). Está prevista também a implementação de voos para Windhoek, Johannesburg, Lagos, Maputo, Cape Town, São Tomé, Lomé e Abidjan (nova rota).
Entretanto, o melhor registo que o País já teve foi em 2010, quando registou um tráfego total, entre voos domésticos e internacionais, de 5,8 milhões de passageiros. Já o pior registo, verificou-se em 2020, com apenas 886 mil passageiros, num ano considerado como o pico da pandemia da Covid-19 em que as pessoas tiveram de ficar confinadas em casa e ditou o "tombo" do sector dos transportes, bem como da economia global.
Assim, nos primeiros seis meses do ano, o tráfego de passageiros doméstico (voos comerciais onde a partida e o destino ocorreram dentro do mesmo País) foi o que registou maior movimentação, com 727.679 passageiros, o que representa uma queda de 3% em relação ao período homólogo, ou seja, as companhias levaram as movimentaram dentro do território nacional menos 24.346 passageiros. Já o tráfego internacional cresceu 14%, ao passar de 606.723 passageiros para 691.391 (+84.668 passageiros).
Companhias transportaram 17.674 toneladas no I semestre
Em termos de cargas, sem surpresa, o tráfego é dominado pelos voos internacionais detendo 97% do tráfego, com 17.060 toneladas, o que representa um aumento de 5% em relação ao I semestre de 2024, ao passo que o tráfego doméstico movimentou apenas 615 toneladas (+8,0 toneladas).
Na base está o facto de o país ser predominantemente importador, o que torna o tráfico internacional de mercadorias mais movimentado em relação ao doméstico.
Contas feitas, nos primeiros seis meses do ano entraram no País (via aérea) cerca de 17.674 mil toneladas de mercadorias diversas, o que representa um aumento de 5% face às 16.892 toneladas registadas em 2023 (+8 mil toneladas).