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Angola

Praias fechadas, máscara obrigatória, vacinas (praticamente) obrigatórias

Covid-19, novas medidas do estado de calamidade pública

Obrigatória a apresentação do certificado de vacinação para ter acesso a inúmeros locais públicos e na ausência do certificado, é necessário um teste com menos de 15 dias, pago pelos cidadãos.

O Executivo voltou a interditar o acesso às praias e piscinas públicas, sendo obrigatória a apresentação do certificado de vacinas para aceder a locais públicos, nomeadamente restaurantes e instituições públicas.

Segundo o ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Francisco Furtado, que apresentou hoje, em Luanda, as novas medidas preventivas de controlo da pandemia, a vigorar em Outubro, "a curva epidémica da covid-19 mostra um aumento significativo preocupante de casos positivos durante o mês de Setembro, com uma taxa de crescimento de cerca de 13%".

O também coordenador da Comissão Multissetorial de Combate e Prevenção da Covid-19 disse que a taxa de transmissão tende a crescer, particularmente nas províncias de Luanda, Huambo, Benguela e Huíla. Pouco depoos, a ministra da Saúde falaria das variantes, altamente contagiosas, que circulam no país, nomeadamente, as variantes alfa, beta e delta.

O ministro de Estado explicou que a taxa de mortalidades nas províncias referidas é crescente e ameaça alastrar-se para outros províncias do país, acrescentando que "o quadro epidemiológico do país foi influenciada pelo relaxamento das medidas, agravada pela circulação de variantes altamente transmissíveis e perigosas".

O processo de vacinação prossegue em todo o país, salientou Francisco Furtado, mas requer mais esforços e maior promoção para se alcançar a imunidade de grupo até ao final deste ano. Silvía Lutucuta falou em cerca de três milhões de pesssoas vacinas, com mais de um milhão com a vacina completa, mas que é necessário vacinar cerca de 100 mil pessoas por dia para o país chegar aos 60% da população eligível até Dezembro.

Na apresentação do novo decreto presidencial, que começa a vigorar a partir desta sexta-feira e mantém a situação de calamidade pública, o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, disse que a partir de 15 de Outubro é obrigatório a apresentação do certificado de vacinação para funcionários públicos no geral, para acesso a restaurantes, estabelecimentos de ensino, reuniões e atividades em espaços fechados, atividades recreativas em geral.

Nesse sentido, a partir de 15 de Outubro, as autoridades sanitárias recomendam a vacinação para todos os cidadãos, excepto menores de 18 anos, com destaque para certos grupos profissionais, nomeadamente funcionários públicos em geral, todos os que prestam serviço directamente ao público (motoristas, taxistas e moto-taxistas, bem como outros que têm contacto com terceiros).

"A partir do dia 15 de Outubro o certificado de vacinação passa a ser condição de acesso a vários serviços", disse Adão de Almeida, acrescentando que em alternativa pode ser apresentado o teste negativo de covid-19, com validade para apenas uma semana.

De acordo com Adão de Almeida, o objetivo principal é "reforçar, acelerar e transmitir uma mensagem cada vez mais presente aos cidadãos da importância da vacinação".

Francisco Furtado considerou que o relaxamento das medidas levou a que um número significativo de cidadãos deixasse de fazer uso das máscaras e de cumprir as medidas de higienização frequentes.

O abrandamento das medidas punitivas de controlo por parte das forças da ordem também tem influenciado o atual quadro epidemiológico do país, considerou Francisco Furtado.