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Quem tem medo da Inteligência Artificial?

Em análise

As máquinas inteligentes com capacidade de aprender já fazem parte do nosso quotidiano há muitos anos. Nós já usamos estes sistemas para fazer tarefas rotineiras e na maioria das vezes nem damos conta.

Por exemplo, consultar o saldo no Multicaixa, fazer compras online, nas redes sociais quando nos aparecem algumas recomendações de algo que já tínhamos pesquisado anteriormente, nas várias apps que temos instaladas nos nossos smartphones, como a Siri, na indústria automóvel, entre muitas outras.

Neste período que atravessamos, a pandemia, a Inteligência Artificial (IA) tem sido uma grande ajuda para controlar e combater o vírus pelo mundo. Vários algoritmos comandados por Inteligência Artificial permitem facilitar a detecção e o diagnóstico de pessoas infectadas, gerando relatórios para que as entidades de saúde possam intervir. Isso só é possível porque esses algoritmos se valem de bases gigantescas de dados (o chamado big data).

Já pensaram que a Inteligência Artificial já está na vossa vida e que a usamos sem fazer grandes especulações?

A isto chamamos máquinas ou aplicações dotadas de alguma Inteligência Artificial, que são uma obra da inteligência do Ser Humano, que aprendem coisas simples e repetitivas. No entanto, essa criação humana não tem capacidade, ainda, de aprender sozinha e de ser mais inteligente que os seus criadores.

Mas o paradigma da Inteligência Artificial está a mudar.

Todos nós desde crianças vemos filmes com robôs, o último que vi denominava-se "Chappie". Lembro-me que a tal parte do filme me emocionei porque o robôs também tinha sentimentos e defendia os seus amigos humanos como se de família se tratasse.

Quando vemos este tipo de filme será que pensamos que pode ser a nossa realidade daqui a uns anos? E que sentimento isso nos trará. Medo? Esperança? Ansiedade? Curiosidade? Desconforto?

A preocupação de muitas pessoas a respeito da Inteligência Artificial reside no facto de acharem que os humanos serão substituídos pelos robôs. Talvez, devido à influência da ficção, as especulações a respeito do futuro sejam sempre negativas. Ora vejamos, se os computadores se tornassem tanto ou mais inteligentes que os humanos, a raça humana poderia estar em risco. Então o que impediria a nossa espécie de se tornar refém dos robôs? Isto são questões que a meu ver, trazem alguma discussão e opiniões contrárias, pois os robôs já estão presentes na nossa realidade, a Sophia é um exemplo disso.

Sophia é um robô humanóide desenvolvido pela empresa Hanson Robotics, de Hong Kong, capaz de reproduzir 62 expressões faciais. Pensado para aprender, adaptar-se ao comportamento humano e trabalhar com seres humanos. Foi em 2017 que Sophia fez história no mundo da inteligência artificial, tornou-se o primeiro robô a obter cidadania de um país, neste caso da Arábia Saudita.

* Manager da KPMG

(Leia o artigo integral na edição 614 do Expansão, de sexta-feira, dia 5 de Março de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)