Quem vai lendo as minhas crónicas, também sabe que é raro escrever sobre temas políticos ou da sociedade. Mas foi assim com o "Black Lives Matter", foi assim com várias situações relacionadas com o anterior Presidente da República Angolana, José Eduardo dos Santos, ou até mesmo com o atual, João Lourenço, com a Isabel dos Santos, entre muitos outros. Isto porque o âmbito desta coluna é Gestão, mais focada em Gestão de Capital Humano.

No entanto, há momentos em que a atualidade supera todos os outros temas. Moçambique deveria ser um tema mais presente em todos nós. Em toda a comunidade que fala Português.

Incompreensivelmente parece que ainda se fala com muita timidez sobre o que se passa neste país irmão. Longe de mim ser especialista em política moçambicana. Com muita pena minha, nunca visitei o país. Mas tenho muitos amigos de lá, que vivem lá ou fora. É um país que fala a língua que eu falo. É longe de onde eu vivo, mas sinto uma enorme afinidade com essa nação. Daí ser com muita emoção e revolta que vejo o que se passa.

Não se percebe o posicionamento do Governo Moçambicano ao recusar ajuda internacional. Não se percebe o quase silêncio da União Africana. E não se percebe o quase silêncio dos Governos presentes na CPLP.
Falta explicar muita coisa do que se passa lá, nomeadamente a entrada dos grupos terroristas que têm assombrado e aterrorizado as populações do norte do país. Mas nesta fase, o que importa mesmo é ajudar. Com o que pudermos. E aí, felizmente há muitas organizações que o estão a fazer bem. Passe a publicidade, menciono aqui algumas: Helpo, Espiritanos, ACNUR, OIM, OMS, Associação Capulana.

*Expert in Human Resources & Entrepreneur, Certified Coach PLD19, Harvard Business School Alumni

(Leia o artigo integral na edição 618 do Expansão, de sexta-feira, dia 1 de Abril de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)