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Exportação de petróleo recua para níveis de 2004 à conta da Covid e da falta de investimento

Volume, receita bruta e preço do barril mais baixo em 16 anos

A exportação de petróleo angolano retrocedeu 16 anos depois de no ano passado ter registado o menor valor de facturação, mas também o menor número de barris exportados e o mais baixo preço médio por barril desde 2004.

A "culpa" é da Covid-19 mas também da falta de investimento ao longo dos anos.

A receita bruta da venda de petróleo lá fora caiu em 2020 para 18,3 mil milhões USD, valor mais baixo registado nos últimos 16 anos. Seria necessário recuar a 2004 para encontrar um ano em que o petróleo angolano rendeu menos que em 2020 em receitas brutas, quando foram registados 12,4 mil milhões USD.

Comparando com 2019, as receitas brutas da exportação de petróleo caíram 42% ao passar de 31,4 mil milhões USD para 18,3 mil milhões USD, apesar de o preço médio do barril no ano passado ter sido transaccionado a 41 USD. Trata-se do valor médio mais baixo desde 2004.

Na origem da queda das receitas brutas com a venda de petróleo ao exterior estão a redução do preço médio de exportação mas também das quantidades de barris exportados. Os 446,4 milhões de barris vendidos são o volume mais baixo também desde 2004, ano em que foram exportados 344,5 milhões. A média diária de exportação de petróleo também caiu para 1,2 milhões de barris por dia, níveis apenas registados em 2004.

São os efeitos da pandemia da Covid-19, que penalizou fortemente a procura mundial desta matéria-prima e, também, segundo especialistas do sector e da concessionária nacional, do declínio da produção originada pela falta de incentivos à exploração e desenvolvimento de campos petrolíferos no país.

Aliás, dados divulgados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) indicam que nos últimos 5 anos os investimentos nas actividades de exploração e produção caíram 77% para 2,5 mil milhões USD. Relativamente à actividade de exploração nos últimos 5 anos o investimento foi inferior a mil milhões USD, valor que a ANPG pretende ver multiplicar por oito entre 2021 e 2025.

(Leia o artigo integral na edição 618 do Expansão, de sexta-feira, dia 1 de Abril de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)