Nos 12 meses de 2020, a organização registou o "segundo maior número de denúncias de corrupção num só ano civil" e, mais importante, o "maior número de denúncias envolvendo sectores da polícia e saúde", revela o relatório anual, intitulado da "Crise à Acção".

Um total de 4.780 casos de corrupção foi registado, no ano passado, fazendo parte das quase 33 mil notificações de corrupção recebidas por aquele organismo desde 2012. À semelhança do que aconteceu em anos anteriores, a maioria das queixas veio de Gauteng, no norte do país, seguido da província costeira de KwaZulu-Natal e do Cabo Ocidental.

A organização que lidera o combate à corrupção no país refere que, durante a pandemia, o "público ficou cada vez mais indignado com a corrupção galopante que surgiu em relação à aquisição e distribuição de bens e serviços essenciais, incluindo pacotes de apoio" necessários para a Covid-19.

"Juntamente com esses actos deploráveis, igualmente chocantes foram os casos de brutalidade policial e militar e abuso de poder, durante um período de emergência", denuncia a CW.

David Lewis, director executivo da organização, constata com "raiva e tristeza" que "os corruptos se aproveitaram da crise de saúde pública para saquear as aquisições exigidas pela Covid" e "rebaixaram-se" ao ponto de roubar os vários programas de ajuda. "Enquanto a nação se unia para limitar a devastação da Covid-19, alguns políticos, funcionários públicos e empresários colocaram as suas mãos ainda mais no bolso público", rematou Lewis.

(Leia o artigo integral na edição 618 do Expansão, de sexta-feira, dia 02 de Abril de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)