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Angola

Comissão vai "investigar" aumento do preço do trigo e do pão

Subida de preços injustificada

Foi criada a comissão de concertação entre o Ministério da Indústria e Comércio, Associação dos Industriais das Panificadoras e Pastelarias de Angola (AIPPA) e as Grandes Moageiras de Angola que têm 30 dias para apresentar as razões que estão na base dos aumentos nos últimos meses do preço da farinha de trigo e do pão.

Segundo o presidente da AIPP, Gilberto Simão, a Comissão deverá "investigar" os caminhos que o trigo tem tomado, situação que intriga o consumidor final que num dia pagam o pão a 30 Kz e no outro dia são surpreendidos com o valor a variar entre os 50 ou 60 Kz. "Não há necessidade alguma da subida dos preços", defendeu Gilberto Simão.

O líder da AIPPA foi ainda mais longe, ao questionar o destino do trigo produzido no País, sendo que as Grandes Moageiras assumem que estão a produzir farinha de trigo com excedente. "As três moagens juntas representam um stock de 115 mil toneladas de trigo, uma quantidade que assegura as necessidades de consumo do País em pelo menos dois a três meses em caso de escassez", lê-se no comunicado das Grandes Moagens, recentemente publicado.

Gilberto Simão disse que a associação tem consciência da importância da comissão agora criada para responder às inúmeras questões colocados pelo consumidor final, já que, "as pessoas reclamam porque não têm dinheiro para comprar pão por estar mais caro", explica o empresário.

Por sua vez, o presidente da AIA, José Severino, diz que nem tudo depende do País, porque os factores externos continuam a contribuir de forma negativa para que o preço do pão condicione as carteiras do consumidor final, tendo citado como exemplo, a China que, desde o início da pandemia da Covid-19 passou a importar mais grão de trigo.

(Leia o artigo integral na edição 622 do Expansão, de sexta-feira, dia 30 de Abril de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)