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Economia

BNA "corta" taxa básica de 20% para 19,5% e confirma o quinto desaperto desde 2014

Decidido em Comité de Politica Monetária

Depois de o Expansão ter avançado na sexta-feira que o regulador da banca comercial se preparava para um quinto desaperto da Taxa BNA, esta tarde o "board" do banco central anunciou novas medidas de política monetária entre elas o corte de 0,5 pontos percentuais na taxa orientadora para o crédito bancário.

O Comité de Política Monetária (CPM) baixou segunda-feira, 26 de Setembro, a Taxa Básica de Juro do Banco Nacional de Angola (BNA) de 20% para 19,5%, o quinto desperto da política monetária desde 2014, que o regulador justifica com a "consistência do abrandamento da evolução de preços na economia nacional".

De acordo com o governador do banco central, José Massano, e como antecipou esta o Expansão, este abrandamento dos preços vêm-se registando desde o início do ano em curso, como "resultado do contínuo e rigoroso controlo da liquidez, da apreciação do kwanza em relação às principais moedas utilizadas nas transacções com o exterior e do aumento da oferta de bens essenciais de amplo consumo".

Na 107ª reunião do CPM, o "board" do banco central decidiu ainda reduzir a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez de 23% para 21% e manter inalterada a taxa de Juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez em 15%.

O BNA não determina as taxas de juro, mas pode influenciá-las através da Taxa Básica, também conhecida por "Taxa BNA", que serve de referência ao mercado interbancário. Assim, com a taxa de juro mais baixa à anterior, espera-se, pelo menos nos próximos tempos, maiores facilidades de acesso ao crédito, já que passam a estar mais baixas as taxas de juro praticadas pelos bancos comerciais.

"Além do ambiente interno, a decisão tomada teve em consideração o contexto externo e riscos inerentes, dada a exposição da economia angolana ao sector petrolífero e ao peso dos bens alimentares importados no cabaz de oferta ao mercado interno. O Banco Nacional de Angola continuará a acompanhar de perto os desenvolvimentos internacionais mais impactantes sobre a nossa economia, de modo a poder actuar atempadamente, caso a evolução justifique", disse José Massano quando falava aos jornalistas.