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Motophone estima manter vendas este ano

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A Sansung é a marca líder do portfólio de telemóveis vendidos pela empresa que no ano passado comercializou cerca de 500 mil unidades.

 

Depois de no ano passado ter registado um "pico" nas vendas ao comercializar mais de 500 unidades, a Motophone, empresa distribuidora de telemóveis em Angola, regista um certo abrandamento nas vendas no ano em curso, segundo o gerente comercial da empresa Rodrigo Sampaio. Tal situação, acredita, deve-se à tendência crescente da concorrência do mercado informal. "As pessoas compram esses aparelhos com intuito de os revender a um preço mais baixo o que prejudica as vendas nas lojas" argumentou.

Ainda assim, acrescenta, a empresa espera atingir números satisfatórios. Uma crença que se entende se se tiver em conta que o mercado informal representar apenas concorrência para parte dos clientes da empresa. Ou seja, a carteira de clientes da Motophone é repartido, em percentagem igual, entre as operadoras de telefonia móvel e os lojistas que atendem ao consumidor, este que também é o potencial cliente do mercado informal.

A Motophone conta com um portfólio que gira em torno de 80 modelos de telemóveis, sendo que a Samsung representa o maior número de telemóveis com cerca de 30 modelos. A empresa representa ainda as marcas Haier que, segundo o gestor, é bem aceite no mercado nacional, além de vender as outras marcas conceituadas no mercado como a Sony, LG, Blackberry e Alcatel. Destas marcas, a Sansung é a que mais aposta no marketing ao nível do País, segundo o gestor que estima em mais de 1 milhão USD o valor que a multinacional deve canalizar anualmente nas campanhas de comunicação para o mercado angolano.

"Como distribuidor oficial, recebemos em diversas formas este investimento deles. Uma das formas é através dos posters e outros materiais publicitários, portanto não sabemos muito bem o que a empresa investe mas deve superar um milhão de dólares.

Posso dizer que o apoio que a Sansung dá é quase que único, não conseguimos de nenhuma outra marca" A empresa, por sua vez, tem cadastrado cerca de 300 agentes revendedores, espalhados pelo País mas, em média, 100 estão activos anualmente, segundo o gestor que apresenta como uma das dificuldades do sector a falta de créditos aos lojistas.

"As vezes, os lojistas querem comprar mais, mas o mesmo não tem acesso ao crédito dos órgãos competentes", argumentou, acrescentando que a Motophone tem concedido produtos a credito a determinados clientes, correndo os riscos necessários.

Apesar de Luanda conservar a condição de mercado de maior consumo da empresa, o gestor considera que algumas províncias como Benguela, Huambo e Huila o consumo aumenta de forma considerável. E mais, acrescenta, a média do custo de telemóveis vendidos em Luanda é inferior à média das províncias que é de 90 USD contra 70 USD da cidade capital. Há mais de 7 anos no mercado, a Motophone tem cerca de 50 trabalhadores e tem agentes nas diversas províncias do País.