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Novo PCE da TAAG foi seleccionado através de uma empresa de "caça-talentos", a escolha recaiu sobre Eduardo Fairen Soria

TAAG tem novo conselho de administração

Desta vez foi diferente, o Presidente da República exonerou de manhã, a Assembleia Geral Universal de Accionistas reuniu à tarde, escolheu os novos órgãos sociais da transportadora área nacional e o secretário de Estado para a Aviação Civil, Marítima e Portuária, Carlos Borges, testemunhou o acto. Apresentação da nova equipa da TAAG será formalizada dentro de dias.

Num novo ciclo do modelo de gestão da empresa, foram eleitos os seguintes membros para o novo Conselho de Administração.

Como Administrador Executivo e Presidente da Comissão Executiva (PCE), temos agora Eduardo Fairen Soria, Custódia Gabriela Pereira Bastos, Lisa Mota Pinto, Steve Taverny Azevedo e Adelaide Isabel de Sousa Godinho, são os restantes elementos da equipa executiva.

Eduardo Fairen Soria é espanhol, engenheiro, tem 62 anos e uma larga experiência no sector da aviação comercial, passou pelo Peru, pela Colombia, sempre ligado a empresas de aviação, e foi co-fundador da espanhola Vueling Airlines.

Como não executivos temos, Ana Francisca da Silva Major e Rui Paulo Pinto de Andrade Teles Carreira, este último transita da anterior administração. Ana Francisca Silva Major é uma quase surpresa, que concilia uma carreira em gestão com a escrita literária, tendo já recebido o Prémio Sonangol de Literarura.

De acordo com um comunicado do Ministério dos Transportes (Mintrans), a que o Expansão teve acesso, o Conselho de Administração da TAAG é hoje um órgão onde a presença feminina é notória, tanto ao nível executivo como não executivo.

Na sequência da exoneração da antiga administração, cessaram funções as seguintes entidades:

1. Hélder da Silva Gonçalves de Moura e Preza - Presidente do Conselho de Administração;

2. Rui Paulo de Andrade Teles Carreira - Presidente da Comissão Executiva;

3. Eulália Maria Cardoso Policarpo Bravo da Rosa - Administradora Executiva;

4. Luís Ferreira de Almeida - Administrador Executivo;

5. Hugo Alberto Pinto dos Santos Amaral - Administrador Executivo;

6. Fernando Alberto da Cruz - Administrador Executivo;

7. Adelaide Isabel de Sousa Godinho - Administradora Executiva;

8. Américo de Albuquerque Borges - Administrador Não Executivo;

9. Luís Eduardo dos Santos - Administrador Não Executivo;

10. Arlindo de Sousa e Silva - Administrador Não Executivo;

11. Mário Jorge da Silva Neto - Administrador Não Executivo

12. José Octávio Serra Van-Dúnem - Administrador Não Executivo

13. José Luís Prata - Administrador Não Executivo.

João Lourenço, exonerou o Conselho de Administração da TAAG, S.A., que havia sido nomeado pelos Decretos Presidenciais 276/18, de 26 Novembro e 44/19 de 31 de Janeiro, respectivamente.

A medida visa acelerar o plano de restruturação da companhia e posterior privatização, que a mesma já sofreu a transformação de empresa pública (E.P) para sociedade anónima (S.A.), nos termos do decreto presidencial n.º 275/18, de 26 de Novembro.

"O ano de 2021 ficará marcado pela decisão de apostar na contratação de uma equipa de gestão composta por quadros nacionais e estrangeiros especializados, num contexto muito desafiante de recuperação gradual da actividade da aviação civil a nível mundial", avança o comunicado de hoje do Ministério dos Transportes.

Segundo o documento, o processo de recrutamento foi conduzido de forma rigorosa e profissional, em coordenação com o Ministério das Finanças (Minfin), tendo sido seleccionada uma empresa head hunter (caça-talentos) internacional para identificar os candidatos com o perfil e experiência apropriados, que cumprissem os requisitos e competências necessários (Fit and Proper), associados a quadros nacionais que se destacam pelo seu conhecimento técnico e da realidade local.

Daí que a escolha tenha recaído num cidadão não angolano, o caso Eduardo Fairen Soria, mas a selecção de acordo com critérios específicos e mais profissionalizantes, estendeu-se a outros membros da nova equipa, que irá trabalhar com o Governo, em concreto com o titular da pasta, Viegas D'Abreu, na díficil recuperação da crise pós-pandémica da aviação comercial.

"Neste sentido, a transformação da TAAG surge como um imprescindível esforço, por parte do seu ainda accionista maioritário, o Estado, para permitir o reposicionamento da companhia enquanto empresa estratégica, de referência nacional e continental, pela sua boa governação, segurança operacional, controlo e gestão financeira, atenta aos objectivos estratégicos nacionais para o sector da aviação civil, mas acima de tudo, focada na satisfação dos seus clientes", lê-se na nota.