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Grande Entrevista

"Plano Director do Turismo enferma de algumas incongruências de planeamento"

Hélder Marcelino, secretário de Estado do Turismo

"Até 2019, as viagens de negócios eram o grande motivo de entrada de estrangeiros em Angola", afirmou o secretário de Estado do Turismo, a Grande Entrevista desta semana. A conversa girou à volta dos documentos estratégicos gizados pelo Governo, que apontavam vários caminhos e grandes projectos para concretizar. Pouco foi feito. O turismo em Angola ainda é só potencial.

Plano Director do Turismo (PDT), depois de ter sido aprovado em 2011, terminou a implementação no ano passado. Previa-se um grande crescimento do sector e grandes investimentos públicos que não saíram do papel. É preciso repensar toda a estratégia para o próximo ciclo?

Confirmo que o Plano Director do Turismo, em termos de prazo de vigência, expirou em Dezembro de 2020. Mas em termos de pertinência do seu conteúdo pouco se alterou. Isso quer dizer que os desafios permanecem porque, ao longo destes 10 anos, não há registos de grandes investimentos direccionados para alavancar o turismo. Esta é a verdade.

Quais são esses desafios?

Estão relacionados com a qualidade das infraestruturas, dos acessos aos produtos turísticos, falta de infraestruturas básicas (energia, água, telecomunicações, especialmente em zonas mais afastadas dos centros urbanos). Temos desafios que se colocam ao nível da qualidade dos serviços, onde a mudança deve estar centrada na capacitação e profissionalização das pessoas que trabalham no sector. Há ainda a questão dos vistos, que está sempre em cima da mesa. Continua a haver manifestações de dificuldades na chegada de turistas a Angola.

Depois de uma primeira fase de aposta interna, o PDT previa um aumento exponencial de visitantes de Portugal, Alemanha, EUA até 2022. Não faria mais sentido investir na Namíbia, África do Sul, noutros países da região, sendo que há mercado, conhecimento regional avançado sobre o turismo e sinergias para aproveitar?

Quando se elaborou a projecção para o PDT olhou-se para as tendências da altura. Até 2019, as viagens de negócios eram o grande motivo de entrada de estrangeiros em Angola. Esses países eram os que mais vinham fazer negócios.

(Leia o artigo integral na edição 643 do Expansão, de sexta-feira, dia 24 de Setembro 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)