A administração norte-americana, actualmente liderada por Joe Biden, fez um acordo para a compra de milhões de doses de vacinas para serem doadas ao mundo através da iniciativa Covax, soube o The Washington Post, junto de fontes relacionadas com o negócio, que, no entanto, ainda não foi confirmado pela Casa Branca ou pela farmacêutica com sede em Nova Iorque mas associada à alemã BioNTech na produção da vacina contra a covid-19.

Biden procura assim aumentar o potencial da população mundial para se vacinar numa altura em que nos Estados Unidos tudo se faz para pressionar os não vacinados a vacinarem - desde dispensas ou demissões até aumentos significativos no valor dos seguros, ou, de outra forma, com a criação de prémios e donativos monetários para quem se vacinar.

O anúncio da compra está previsto para o início da semana, para coincidir com a reunião da Assembleia Geral da ONU, que terá lugar em Nova Iorque e que conta com a presença do Presidente brasileiro Jair Messias Bolsonaro que teima em não se vacinar, numa altura em que nas Nações Unidas os principais líderes mundiais vão debater as questões de saúde e quando a meta dos 70% da população mundial vacinada está difícil de alcançar.

Em Junho deste ano, os Estados Unidos compraram 500 milhões de doses da vacina para serem distribuídas pela Covax, a iniciativa coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para compartilhar doses de vacinas contra a covid-10 pelo mundo, em especial nos países em desenvolvimento. Ainda assim, os Estados Unidos têm sido criticados por não fazerem o suficiente para ajudar no esforço global de vacinação.