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Mundo

Inflação volta a pressionar Europa

SEMANA DE 09 A 16 DE SETEMBRO

A postura mais agressiva do BCE no combate à inflação melhorou o optimismo nos principais mercados accionistas na última semana, com as bolsas a atingirem máximos históricos.

A alta inflação voltou a preocupar os mercados na última semana. Nos EUA, a inflação homóloga abrandou para 8,3% em Agosto, Não obstante tratar-se do segundo mês consecutivo de descida, ficou acima da expectativa do mercado. Por seu lado, na Zona Euro, o IPC teve uma variação homóloga de 9,1% em Agosto, acima dos 8,9% do mês anterior, o valor mais elevado desde a criação do bloco.

Com isso, o BCE decidiu aumentar na última semana, pela segunda vez consecutiva, as suas principais taxas de juros, desta vez em 75 pontos base, o ritmo mais acelerado de sempre. Com efeitos a partir de 14 de Setembro, a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento passa para 1,25%, enquanto a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez foi aumentada para 1,5% e a dos depósitos para 0,75%.

O BCE entende que poderão ser feitos mais 3 ou 4 aumentos dos juros para atenuar as pressões inflacionistas. A postura mais agressiva do BCE no combate à inflação melhorou o optimismo nos principais mercados accionistas na última semana, com as bolsas a atingirem máximos históricos. Na Europa, as bolsas avançaram, em média, cerca de 1,49%.

Já nos EUA, os principais índices bolsistas registaram um ganho médio semanal de cerca de 0,64%, numa semana em que a Fed também reiterou que pretende voltar a subir os juros para conter a inflação, num ritmo ainda mais acelerado, de cerca de 100 pontos base.

No sector energético, os últimos sete dias foram igualmente de recuperação para sector petrolífero, numa semana em que a OPEP manteve a sua visão optimista sobre crescimento da procura por petróleo em 2022 e 2023, apesar da Agência Internacional de Energia ter referido que a queda na procura chinesa de petróleo deverá sobrepor-se ao consumo em outras partes do mundo este ano.

O barril do Brent registou uma valorização de cerca de 6,13% face à semana anterior para 93,40 dólares, enquanto o do WTI subiu cerca de 6,74% para 87,46 USD. O preço do gás natural valorizou cerca de 7%, dada a incerteza em relação à uma data prevista para a reabertura do Nord Stream 1, o gasoduto russo que leva gás à Europa, numa semana em que a Comissão Europeia propôs a União Europeia cortes obrigatórios no consumo de luz e quer taxar empresas do sector das energias renováveis e petrolíferas.

Por fim, o indicador avançado da OCDE divulgado na última semana, continua a sinalizar uma desaceleração na maioria das principais economias do mundo. No conjunto das maiores economias da OCDE, o indicador continua a antecipar um abrandamento no ritmo de crescimento da Zona Euro, Canadá, Reino Unido e EUA.