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Mundo

Medo de recessão afecta mercados

SEMANA DE 15 A 21 DE SETEMBRO

A última semana ficou marcada por um novo aumento de juros nos EUA, onde a Reserva Federal norte-americana avançou com a quinta subida desde que iniciou novo ciclo de aumentos. A medida visa conter os preços.

A crise energética na Europa, o alto nível de inflação e a forte aceleração no ritmo de aperto da política monetária global estão a afectar fortemente as perspectivas económicas e, consequentemente, voltaram a pressionar as negociações nos mercados financeiros nos últimos 7 dias. Na Europa, mantém-se o receio de que o Governo russo não retome o fornecimento de gás, aumentando os receios do agravamento da crise de energia, não obstante os apoios governamentais que têm sido anunciados.

Na última semana, o Governo da Alemanha anunciou um plano para nacionalizar a Uniper, a maior importadora de gás do País, para evitar um colapso no sector energético, prevendo a injecção de cerca de 8 mil milhões de euros na empresa. Ficou também marcada por novo aumento de juros nos EUA, onde a Reserva Federal norte-americana (Fed) avançou com a quinta subida da Fed Fund Rate desde que iniciou este novo ciclo de aumentos.

A medida visa conter o persistente crescimento dos preços, numa altura em que a inflação homóloga de Agosto, no País, ficou acima do previsto, atingindo os 8,3%. Este cenário, aumentou os receios de uma recessão, ou pelo menos de um forte abrandamento do PIB global, com impacto negativo sobre a procura.

No mercado petrolífero, em Londres, o barril de Brent teve uma queda semanal de 1,08% para 92,91 dólares por barril, e o WTI, em Nova Iorque, cedeu 2,52% para 86,13 dólares por barril. No mercado accionista, os índices bolsistas recuaram na generalidade, com os investidores a temerem, cada vez mais, os efeitos negativos que podem advir de uma recessão global.

Nos EUA, os índices da bolsa de Wall Street recuaram em média 1,84%, com maior destaque para o NYSE Composite que caiu 2,34% face à semana anterior. Já no continente europeu, os índices caíram em média 3,89%, com realce para o CAC da França, que perdeu 4,69%.

Na China, ao contrário do que se tem verificado no Ocidente, o banco central anunciou a manutenção da taxa de juros de referência em 3,65%, após ter realizado um corte de cinco pb há um mês. A decisão visa impulsionar o crescimento da economia do País, numa altura em que o Banco Asiático de Desenvolvimento, previu que crescimento da economia chinesa em 2022 será superado pelos países em desenvolvimento da Ásia, pela primeira vez em 30 anos. De acordo com um relatório deste o banco, o país deverá crescer 3,3%, abaixo da expansão de países emergentes como a Índia (7%), Vietname (6,5%) e Malásia (6%).