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Wall Street teve um mau arranque de semana

Dívidas do gigante imobiliário Evergrande, um problema da China para o mundo

O S&P 500 estava a cair 2% ao meio-dia desta segunda-feira, preparava-se para o seu pior dia em meses, dois factores pesaram: os problemas no gigante do imobiliário chinês Evergrande e a incerteza que paira quanto à compra de títulos por parte da Reserva Federal. A queda ficou-se pelos 1,7%.

O S&P 500 caiu 2% ao meio-dia desta segunda-feira, a caminho de sua pior queda, desde 12 de Maio. O índice tem vindo a cair nas últimas duas semanas, depois de uma alta recorde em 2 de Setembro.

A possibilidade da FED começar a retirar alguns apoios à economia e a espiral de dívidas da Evergrande, o gigante chinês do imobiliário afogado com 300 mil milhões de dólares de dívida.

"A situação de Evergrande provavelmente não se resolverá sem o apoio da China e, se a China não oferecer esse apoio, a questão é até que ponto existem riscos de contaminação das acções chinesas e, de seguida, e em cascata, nos mercados globais", afirmou John Canavan, analista-chefe da Oxford Economic.

O Hang Seng index, em Hong Kong, caiu 3,3%, para o seu nível mais baixo em quase um ano. A maioria dos outros mercados asiáticos estavam fechados devido a um feriado. Na Europa, o Stoxx Europe 600 caiu 1,7%, enquanto o FTSE 100, na Grã-Bretanha, caiu 0,9%.

Os investidores empurraram para o vermelho as acções negociadas em Hong Kong de algumas das maiores corporações imobiliárias da China, com receio da contaminação da Evergrande.

Mike Bell, estratega do JPMorgan Asset Management, em Londres, disse que a situação da Evergrande poderá acentuar-se no próximo mês, e há o risco de os problemas da empresa terem consequências nos mercados globais.

Mas os altos preços da energia na Europa, em particular do gás, é outras das preocupações dos analistas, bem como de um possível ressurgimento do novo coronavírus nas suas múltiplas variantes, e, entre elas, a avassaladora variante Delta.

E persistem dúvidas sobre as acções de mais de uma dúzia de bancos centrais, incluindo os do Japão, Grã-Bretanha e Suíça, que vão definir as suas políticas ainda esta semana. O mesmo acontece com a Reserva Federal que deve discutir esta semana um cronograma para desacelerar as compras de títulos, o que tem estado a apoiar a economia norte-americana. E há ainda a séria possibilidade de a FED começar a aumentar as taxas de juro em 2022.

Depois de sete meses a subir, o que elevou o preço das acções em mais de 20%, a queda, no início da semana, do S&P 500, é a confirmação de uma tendência que o mercado vinha assinalando nas últimas duas semanas.