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Universidade

Suspeitas de fraude atrasa subsídios de 10 mil bolseiros internos

Bolseiros reclamam subsídio em falta há 10 meses

O Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE) não pagou os subsídios dos bolseiros internos por receber uma denúncia em Junho de que houve estudantes que submeteram certificados de habilitações com notas alteradas, ou seja, certificados falsos.

Entretanto, o instituto, em parceria com o Ministério da Educação, abriu um processo de verificação de autenticidade dos certificados, o que condicionou o pagamento do subsídio dos bolseiros.

A situação está deixar os bolseiros agastados com a falta de pagamento de subsídios de bolsa do ano lectivo 2020/21 e afirmam que existem outras razões, porque a justificação apresentada pelo instituto não faz sentido.

António Gaspar, estudante do curso de Relações Internacionais da Universidade Independente de Angola (UNIA), disse que a justificação não faz sentido, porque todos os bolseiros já assinaram os contratos e que só estavam à espera dos valores nas suas contas.

"Como é possível avaliar a autenticidade de documentos depois de os candidatos assinarem os contratos, não seria no início da candidatura", questiona o estudante, afirmando que é uma situação que demonstra o pouco que este Governo dá à educação.

Para Maria Nguambi, estudante de Direito da Universidade Técnica de Angola (UTANGA), existem outras razões por trás desta apresentação, porque, passados 10 meses, não faz sentido a justificação que o INAGBE apresenta.

"O ano lectivo 2021/22 vai arrancar em Outubro e temos ainda os subsídios por receber do ano anterior, então como vão pagar! Do ano passado ou deste ano? É uma situação muito triste, pois estão a tratar-nos como se estivessem a fazer um favor. Realmente, é deprimente", lamenta a aluna.

O estudante da Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto, Kitumina Benedito, teve de regressar à sua província por não ter o subsídio na conta para fazer face aos gastos com ensino. Entretanto, regressou a Luanda para dar continuidade aos estudos, aguardando o pagamento do subsídio.

O director do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE), Milton Chivela, lamenta a situação, mas avança que é necessário que se faça essa verificação dos documentos porque não se quer correr o risco de dar os subsídios a pessoas que não mereciam por apresentar o documento falso.

(Leia o artigo integral na edição 638 do Expansão, de sexta-feira, dia 20 de Julho de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)