O filme "Kwando", integrado no projecto de Vida Selvagem do Okavango da National Geographic (NGOWP), estreou-se hoje, 10 de Maio, no Arquivo Nacional de Angola em Luanda.

O filme foi dirigido pela cineasta Kaya Ensor, com a colaboração do Mauro Sérgio, e é a continuação do filme "Into the Okavango", premiado pela National Geographic em 2018.

O filme em língua portuguesa oferece um olhar oportuno sobre a importância de "proteger as cabeceiras angolanas do Delta do Okavango" - uma das últimas áreas selvagens restantes do mundo.

"Kwando" segue Elias Ngunga, um jovem pescador angolano que se junta à equipa do NGOWP numa expedição pelo rio Kwando. O lado angolano do Cubango-Okavango já foi um dos maiores santuários da vida selvagem em África, antes de uma guerra civil de quase três décadas. Devido às minas terrestres deixadas pela guerra, grande parte tinha sido inexplorada antes de 2015.

À medida que a equipa navega na frágil paisagem e descobre novos conhecimentos científicos, Elias chega a um acordo com o seu passado como soldado-criança - e ganha esperança para o futuro ambiental da sua pátria.

"Para proteger o Delta do Okavango - a sua vida selvagem, o seu povo e as suas culturas antigas - temos de começar pelos seus rios de origem em Angola. É uma honra partilhar esta história exclusivamente angolana com as comunidades locais e o mundo", disse Kerllen Costa, director do Projecto para Angola.

Além de exibido em Angola, 'Kwando' faz parte da selecção oficial do Festival Internacional de Cinema da Riviera na Itália, e será exibido perante uma audiência internacional nos dias 12 e 13 de Maio. 'Kwando' também foi seleccionado para o Festival Internacional de Cinema de Friburgo, na Suíça.

'Kwando' faz parte da maior iniciativa de conservação do NGOWP, em parceria com a Wild Bird Trust, para garantir uma protecção permanente para a grande Bacia do Cubango-Okavango através da recolha regular de dados científicos, narrativa e envolvimento das comunidades.