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YouTube fecha contas de activistas anti-vacinas

O YouTube, que tal como a Google é propriedade da Alphabet, fecha a porta aos negacionistas

A plataforma alertou que removeria todos os vídeos com conteúdos anti-vacinas, em concreto os que dizem que as vacinas não reduzem a taxa de transmissão da doença ou que não diminuem a possibilidade de ficar infectado com o novo coronavírus, bem como todos os conteúdos considerados de desinformação sobre as vacinas, tais como os que alegam que as vacinas podem provocar autismo, cancro ou infertilidade ou que são chips para manterem as pessoas controladas e vigiadas

Mais do que isso, a plataforma garantiu que tudo fará para contribuir com políticas que levem os utilizadores e reproduzir informação de qualidade.

Esta nova política coloca do YouTube coloca-o mais alinhado com o Facebook e com o Twitter. Em Fevereiro, o Facebook garantiu que removeria posts com considerações erradas sobre vacinas, tal como a de que é mais seguro contrair a doença do que apanhar a vacina, ainda assim, a rede não tem sido assim tão fina e tem passado pela rede social muito desinformação.

Em Março, foi a vez do Twitter introduzir a sua própria política anti-negacionista em que criou uma série de penalizações para quem compartilhasse mentiras sobre o vírus e as vacinas, criando cinco patamar antes de barrar definitivamente as pessoas que reproduzam desinformação sobre estes temas.

O Instagram, que é propriedade do Facebook, também reflecte esta política anti-negacionista.

Pesquisadores de desinformação apontam proliferação de conteúdo anti-vacinas nas redes sociais como um factor de hesitação relativamente à vacina - incluindo a desaceleração das taxas vacinação contra a covid-19 nos estados mais conservadores dos Estados Unidos.

Os activistas anti-vacinas mais proeminentes (figuras públicas ou influencers) há muito são capazes de mobilizar um grande público online, apoiados pelos algorítmicos das redes sociais que dão prioridade a vídeos e posts que são particularmente bem-sucedidos no que toca a chamar a atenção das pessoas.

Um grupo sem fins lucrativos norte-americano, o Center for Countering Digital Hate, publicou uma pesquisa este ano em que revela que um grupo de 12 pessoas foi responsável pela partilha 65% de todas as mensagens anti-vacinas nas redes sociais. Em Julho, a Casa Branca citou a pesquisa enquanto criticava as empresas de tecnologia por permitirem que informações incorretas sobre o novo coronavírus e as vacinas se propagassem com esta amplitude.

Um médico osteopata dos Estados Unidos, Joseph Mercola, que faz parte desse grupo de 12 pessoas, é seguido no Facebook e no Instagram por cerca de três milhões de pessoas, e a sua conta no YouTube, hoje fechada, tinha já meio milhão de seguidores.

O Youtube adiantou que no ano passado removeu mais de 130 mil vídeos por violarem a sua política relativamente às vacinas da covid-19. E se no ano passado removia os vídeos, este ano, e a partir de agora, encerra as contas.