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Opinião

Quo vadis Angola 2019?

Laboratório Económico

A última semana ficou marcada pela mensagem sobre o "Estado da Nação" feita pelo Presidente João Lourenço na Assembleia Nacional.

Este ano a expectativa foi maior, talvez devido ao agudizar da actual situação socioeconómica caracterizada essencialmente por um alto desemprego entre a população jovem (acima dos 50%) e o encerramento de várias empresas. Pelo que, no texto de hoje, vamos reflectir sobre aquilo que foi dito acerca do sector produtivo nacional.

O Presidente João Lourenço começou por relembrar a audiência que a crise vem desde 2014, ou seja, ela não é de hoje, o que é bem verdade. Porém, como se sabe, em Angola o partido governante (e dominante) há 44 anos é o MPLA. Esperamos que o Executivo possa tirar Angola da crise em que se encontra devido aos sucessivos erros de gestão e excessos da Administração Dos Santos. Daí o lema adoptado pelo próprio MPLA nas últimas eleições "Melhorar o que está bem e corrigir o que está mal".

A crise adveio, como temos dito, do optimismo exagerado de grande parte dos membros da Administração anterior no que toca à "robustez da economia nacional". Esse facto levou à ausência de políticas concretas que poderiam levar ao rápido crescimento do sector produtivo, particularmente aquele ligado à agricultura e à indústria transformadora.

Só assim se compreende que, mesmo tendo investido em perímetros irrigados, o Executivo não rentabilizou tais investimentos ao ponto de, por ex., o perímetro irrigado do Kikuxi hoje não entrar nas contas dos vários especialistas do Ministério da Agricultura contactados no nosso trabalho de campo. Dos pólos industriais criados, Viana, Catumbela e Fútila, nenhum deles foi devidamente infra-estruturado numa altura em que Angola até tinha condições financeiras para tal. Hoje, apesar do aumento do fornecimento de energia e água, ainda assim, nada mudou. (...)


(Leia o artigo integral na edição 546 do Expansão, de sexta-feira, dia 18 de Outubro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)