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Angola

Sete províncias estão abaixo da linha que separa a pobreza, com maior incidência no sul do País

INQUÉRITO DE DESPESAS E RECEITAS (IDR 2018-2019)

As províncias do Cuanza Sul, Cunene, Huambo, Huíla, Lunda Sul, Malanje e Uíge estão abaixo da linha que separa a pobreza, ou seja, em média, os seus habitantes não têm 12.500 kz mês para fazer face a despesas básicas. No País todo existe hoje quase o dobro dos pobres que havia em 2018: cerca de 12 milhões.

Em sete províncias do interior, o rendimento médio da população está abaixo da linha que separa a pobreza, equivalente a 12.500 Kz por mês, ou seja, 417 Kz por dia, cerca de 0,89 USD à taxa de câmbio desta quinta-feira. Ao todo, 41% da população angolana não tem este montante para as suas despesas básicas diárias, que incluem alimentação, vestuário e alojamento.

Num universo de 18 províncias, o inquérito de despesas e receitas do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostra que Cuanza Sul, Cunene, Huambo, Huíla, Lunda Sul, Malanje e Uíge estão abaixo do limiar da pobreza (ver página 4). Em comum têm o facto de estar localizadas na zona sul e interior do País. Excepção para o Huambo, que está no interior, mas no centro.

Os limites da linha que separa a pobreza em Angola foram avançados, na semana passada, pelo director geral do Instituto Nacional de Estatística, Camilo Ceita, que avançou, ainda, que os números hoje estão melhor do que os de 2008, quando a linha que separava a pobreza era de 4.500 Kz mensais. No entanto há 10 anos, o kz valia muito mais. À taxa de câmbio da altura (75 Kz por USD), ser pobre em Angola era quem não tinha 2 USD por dia para as suas despesas básicas.

Em 2008, 33,6% da população vivia abaixo da linha de pobreza, hoje 41% dos angolanos é pobre. Contas feitas, o número de pobres quase duplicou numa década, passando de 6,4 milhões (do total de 19,1 milhões habitantes) para 12,3 milhões (de um total de 30 milhões de habitantes). Os resultados são explicados, em parte, pelo aumento da população no espaço de 11 anos, já que são quase 11 milhões de pessoas a mais. (...)


(Leia o artigo integral na edição 554 do Expansão, de sexta-feira, dia 13 de Dezembro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)