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África

RDC termina relação com fornecedor de passaportes investigado na Bélgica

SEMLEX ACUSADA DE CORRUPÇÃO E LAVAGEM DE DINHEIRO

Uma acção civil, aberta há pouco mais de uma semana, na Bélgica, por um grupo de luta contra a corrupção na República Democrática do Congo, reavivou as queixas contra a Semlex, investigada desde 2018, naquele país.

O governo da República Democrática do Congo (RDC) vai romper a ligação ao fabricante de passaportes belga Semlex, que fornece documentos de identificação a vários países africanos, por alegações de branqueamento de capitais e corrupção que estão a ser investigadas pela autoridades judiciais congolesa e belga.

Um grupo de cidadãos da RDC, apoiados por grupos internacionais e pela campanha anti-corrupção "Congo não está à venda", interpôs há pouco mais de uma semana uma acção civil na Bélgica contra a Semlex. A iniciativa permite questionar a justiça belga sobre casos relacionados com a empresa, em investigação no país.

Em 2018, promotores belgas iniciaram uma investigação às actividades da empresa, após notícias publicadas em 2017 pela Reuters que ligam a Semlex a actos de corrupção e de lavagem de dinheiro, alegações que a empresa nega, em textos e comunicados publicados no seu site oficial.

Num comunicado de imprensa, datado de Dezembro de 2017, a empresa diz-se "vítima de uma campanha difamatória há vários meses", relacionada com "ciúmes" pelo sucesso económico que alcançou nos seus 20 anos de actividade, em particular no continente africano.

O contrato com a Semlex para a produção de passaportes biométricos, acordado com o executivo do anterior Presidente, Joseph Kabila, expira no dia 11 de Junho, e não vai ser renovado, segundo uma carta que ministra das Relações Exteriores da RDC, Marie Tumba Nzeza, enviou à empresa, no dia 7 de Maio, e que põe fim a uma relação iniciada em 2015. (...)


(Leia o artigo integral na edição 575 do Expansão, de sexta-feira, dia 22 de Maio de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)