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Angola alcança em Maio o pior preço de exportação em dez anos

Ascenção e queda do petróleo

É necessário recuar a Fevereiro de 2018 para encontrar um valor mais baixo de arrecadação de receitas petrolíferas pelo Estado. A principal"culpa" é da queda dos preços devido à redução da actividade económica no mundo, mas também da diminuição dos barris exportados.

Angola alcançou em Maio o pior preço de exportação de petróleo da última década, 15,41 USD por barril, o que pressionou as receitas petrolíferas que caíram 60% para 225,3 mil milhões Kz face aos 560,3 mil milhões alcançados no mês anterior, de acordo com cálculos do Expansão.

É necessário recuar a Fevereiro de 2018 para encontrar um valor mais baixo de arrecadação de receitas petrolíferas pelo Estado (ver gráficos).

Além da baixa dos preços, a justificar esta quebra nas receitas fiscais está também uma quebra na quantidade de barris exportados de Abril a Maio, 40 milhões de barris, equivalente a 1,321 milhões por dia, valores distantes, por exemplo, dos do início da década, quando o país exportava, em média, 1,9 milhões de barris diários. Em relação a Abril, o País exportou menos 8% de barris.

A quebra na quantidade de barris para exportação em Maio foi mais acentuada no bloco 17, operado pela francesa Total, que retirou cerca de 4 milhões de barris de petróleo à sua produção, bem como nos blocos 0 e 14 operados pela multinacional americana Chevron, que retirou pouco mais de 2 milhões de barris à sua produção em relação ao mês anterior.

De acordo com o Ministério das Finanças, o preço médio está indexado ao preço do mercado e não ao preço de referência fiscal determinado conjuntamente pelo MIREMPET e o MINFIN.

A Total continua a ser a maior produtora e exportadora de petróleo em Angola tendo exportado de Janeiro a Maio deste ano acima de 65 milhões de barris, o equivalente a 31% do total. A multinacional francesa é seguida pela norte-americana Chevron, que exportou cerca de 39 milhões de barris de petróleo, o equivalente a 18% do total exportado pelo país no mesmo período.

(Leia o artigo integral na edição 579 do Expansão, de sexta-feira, dia 19 de Junho de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)