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Inflação homóloga a 2 pontos percentuais da meta do Governo

A quatro meses do final do ano

A quatro meses do final do ano, o ritmo do custo de vida, em termos anuais, teve um ligeiro aumento entre Junho e Julho, com a inflação homóloga a fixar-se nos 23%, estando agora a 2 pontos percentuais da meta do Governo que aponta a 25% até final do ano.

Comparativamente ao mesmo período de 2019, a inflação anual, entre Junho e Julho, acelerou 5,7 pontos percentuais (pp), saindo dos 22,6% em Junho, para os 22,9% no mês passado.

A "culpa", de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), é do aumento dos preços da alimentação e bebidas alcoólicas com 1,0 pp, seguida das classes, bens e serviços com 0,1 pp, vestuário e calçado com 0,1 pp e mobília e equipamento doméstico com 0,1 pp.

Os aumentos dessas classes revelam que os angolanos, entre Junho e Julho gastaram mais com a alimentação e bebidas alcoólicas, serviços e vestuário.

Segundo os especialistas, as famílias estão hoje mais focadas na aquisição de bens alimentares e serviços e ficar em casa devido à pandemia. Ou seja, hoje é evidente notar que os angolanos estão a comprar o essencial e a aumentar as poupanças devido às incertezas com a pandemia da Covid-19.

Em termos mensais, o custo de vida no consumidor nacional, durante o período em análise, registou uma variação de 1,7%, ou seja, estabilizou se comparado com o mês de Junho.

A justificação desses aumentos, da inflação mensal, resulta da subida dos preços com os hotéis para a quarentena institucional que registaram um crescimento de 2,2%. Destacam-se ainda os aumentos dos preços verificados nas classes, alimentação e bebidas alcoólicas. As províncias que registaram
maior aumento foram Huambo com 2,4%, Lunda Norte com 2,3%, Cuando Cubango com 2,1% e Cuanza Norte com 2,0%. No sentido inverso estão as províncias da Lunda Sul com 1,2%, Namibe com 1,3%, Cunene com 1,4% e Uíge com 1,5%.

Tem-se assistido nas últimas semanas à subida dos preços e ao aumento da pobreza em Angola.