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Opinião

Jogo do Título

Editorial

João Lourenço foi eleito a 26 de Setembro de 2017 e tomou posse a 2 de Outubro. Três anos, depois faz-se o balanço. Hoje existem fundamentalmente três equipas. Aqueles que apenas trocaram de camisola, mas mantêm o mesmo espírito bajulador e subserviente, capazes e dispostos a rastejar pelo Presidente com o mesmo empenho e vontade com que faziam por José Eduardo dos Santos.

Uma segunda equipa, os que estavam habituados a ganhar todos os jogos mesmo que não se esforçassem nada, pois, mais cedo ou mais tarde, o árbitro iria marcar os penalties necessários para serem novamente os vendedores e acumularem mais um prémio de jogo às suas contas pessoais. E um terceiro team de jovens talentos e estrelas do passado, já referenciados, mas que tinham a ambição de que o seu momento ia agora chegar, capazes de ser competitivos, mas que não conseguiam ganhar uma série de jogos consecutivos, porque não tinham acesso à equipa que ganhava sempre e que, para justificar o seu lugar, jogam com mais empenho e são profundos admiradores do treinador, o que lhes permite agora competir com regularidade.

E, já agora, um quarto grupo de jogadores, alguns com capacidades técnicas acima da média e outros apenas oportunistas, mas que ambicionavam também ser contratados para a primeira equipa. Mas, como não fizeram a formação no clube, mantém a interdição de jogar na 1.ª divisão. Quanto muito podem ser chamados para uns jogos particulares, para lhes dar a sensação que também fazem parte da equipa, mas nunca vão participar nos jogos do campeonato. Falta o cartão de sócio.

As convocatórias para cada partida ainda são feitas recorrendo a jogadores destas três equipas, sendo que, no entanto, quando estamos a dois anos da atribuição do título (eleições legislativas), é natural que exista uma mudança de estratégia. Os que são mesmo craques, capazes de arrastar mais adeptos que o treinador, têm os dias contados. Os que mostram dúvidas sobre as tácticas que estão a ser utilizadas também saem. Os que elogiam tanto as capacidades do treinador que acabam por gerar desconfiança dos adeptos também serão afastados, mas com mais delicadeza, porque dão sempre jeito em tempo de crise ou derrota.

Ficam os que têm uma prestação regular, mas sem grandes malabarismos. Os que falam pouco para a comunicação social, apenas quando são indicados para irem às conferências de imprensa. Os que conhecem bem as "manhas" dos adversários, antigas estrelas, independente do seu passado. E os jovens "lobos", capazes de morder em caso de necessidade. Também alguns do quarto grupo podem vir a ser convocados, mas apenas para os jogos que antecedem o título, depois voltam para o banco.

Vendo de fora, acho que vamos ter uma nova convocatória em Março do próximo ano, e que não vai haver nenhum jogo (autárquicas) até ao jogo do título. O dono do clube não quer correr riscos desnecessários.