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Opinião

África precisa de 'correr', já o Executivo em Angola tem que encetar um sprint!

Milagre ou miragem?

Hoje parece ser consenso que África precisa empreender uma transformação estrutural se quiser atingir um alto nível de desenvolvimento de forma sustentável. Isso deve-se ao facto de o fantástico crescimento económico recentemente verificado no continente ter estado ligado à alta de preços das matérias-primas nos mercados internacionais. Esta realidade tem feito com que as economias africanas sejam susceptíveis a choques externos, como é o caso de Angola com o petróleo.

Sobre a necessidade que África tem de se desenvolver, Julius Nyerere, antigo presidente da Tanzânia, dizia que "África precisa de correr, enquanto outros caminham". Todavia, hoje quando se fala de África precisamos ter em conta que, nesta fase, os países africanos "correm" a diferentes velocidades. Por exemplo a Etiópia, país onde investidores privados chineses estão a dinamizar os parques industriais locais, regista uma previsão de crescimento real do PIB de 8.5% em 2017 e 2018 (1), ao passo que o Executivo em Angola prepara uma revisão em baixa do crescimento, que, segundo o Expansão, passará de 4,9% para 2,4%. Esta nova previsão está alinhada com o relatório Perspectivas Económicas em África 2018 do Banco Africano de Desenvolvimento. Apesar de ser uma perspectiva positiva não deixa de ser preocupante se tivermos em conta o crescimento anual da população, o número crescente de jovens licenciados que todos os anos procuram, sem sucesso, entrar no mercado de trabalho e, já agora, o número de desempregados que o futuro processo de redimensionamento do sector empresarial público vai gerar.

(Leia o artigo na integra na edição 468 do Expansão, de sexta-feira 13 de Abril de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)