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Angola

Só 7 das 32 empresas de referência serão privatizadas via OPI

Grande Entrevista a OTTONIEL SANTOS, ADMINISTRADOR DA CMC

Ottoniel Santos, administrador da CMC, organismo regulador do mercado de valores mobiliários, fala sobre os desafios do mercado para assumir-se como alternativa para o financiamento ao Estado e às empresas, e como veículo de multiplicação da poupança para os investidores.

Foi aprovado o Programa de privatizações. Quais as novidades?
Das 32 empresas de referência do Estado apenas 7 vão ser privatizadas via Oferta Pública Inicial (OPI) pois apenas estas reunem os requisitos para admissão das suas acções a negociação em Bolsa. Outras 11 serão vendidas em leilão em Bolsa mas as suas acções não estarão cotadas na Bolsa. A Comissão do Mercado de Capitais (CMC) trabalhou com a comissão que tinha como objectivo preparar o pacote de privatizações que já foi aprovado superiormente. O nosso papel foi assegurar que este documento tivesse os requisitos para admissão das empresas para privatização em Bolsa. O que nos interessa agora é aguardar pelos prospectos que emitente, o estado, vai submeter a aprovação do mercado de capitais .

Qual o ponto de situação do mercado de valores mobiliários em Angola?
Está distante do que consideramos ideal, mas tem evoluído. Relativamente aos mercados sob gestão da Bolsa de Dívida e Valores de Angola, BODIVA, Mercado Secundário de Dívida Pública, Mercado de Unidades de Participações e Mercado de Dívida Corporativa, regista-se um crescimento bastante significativo desde a sua criação. Ou seja, de 2015 para 2018, o volume total de transacções cresceu cerca de 638%, ao passar de 107,6 mil milhões Kz para 794,17 mil milhões Kz, respectivamente.

Com a negociação dos títulos e obrigações do tesouro em Bolsa esperava-se a universalização do acesso a estes instrumentos. Isto está a acontecer?
Hoje temos 7.000 contas individualizadas abertas na BODIVA, o que indicia que o número de investidores está a aumentar. No segmento de organismos de investimento colectivo (OIC) também se regista um crescimento visível, principalmente no último ano, sendo que até final de 2018 estavam registados na CMC um total de 12 OIC, cujo valor sob gestão era de 86,9 mil milhões kz, ao passo que actualmente estão registados 16 OIC e o valor sob gestão é de 116 mil milhões Kz, números que expressam bem a evolução desta indústria.

O mercado interno tem liquidez suficiente para o processo de privatizações?
A CMC realizou um estudo sobre o potencial de investimento no mercado de capitais que foi realizado usando toda a informação disponível sobre os agregados de poupança em Angola, distribuída entre os vários agregados económicos famílias, empresas e Estado. E considerámos os indicadores económicos e financeiros do país , taxa de juro e depósitos, bem como, a evidência empírica de países comparáveis, utilizando como variável a capitalização bolsista. (...)


(Leia a entrevista integral na edição 536 do Expansão, de sexta-feira, dia 9 de Agosto de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)