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FMI prevê recessão de 8,4% para os produtores de petróleo da região

África Subsaariana

Devido aos impactos económicos e de saúde da pandemia da Covid-19, o Fundo Monetário Internacional reviu o crescimento económico das várias regiões do mundo, e agrava a previsão para as economias da África subsaariana para -3,2% este ano. É ainda mais pessimistas com os produtores de crude.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que as economias dos países produtores de petróleo da África Subsaariana, onde Angola está inserida, tenham uma quebra de 8,4% no PIB em 2020, o que representa um agravamento de 0,8 pontos face à recessão de 7,6% prevista há dois meses.

A revisão ao crescimento a nível mundial anunciado esta semana pelo FMI não avança com a previsão para Angola, que está incluída no conjunto de países produtores de crude.

De acordo com a actualização das Perspectivas Económicas Mundiais, do Fundo Monetário Internacional divulgadas terça-feira 23, em Washington, os impactos económicos e de saúde da pandemia Covid-19 vão agravar as perdas nesta região do continente africano.

O FMI antecipa que todas as economias da África subsaariana terão uma contracção do Produto Interno Bruto de 3,2% , este ano, o que duplica a previsão feita em Abril, que estimava a uma queda de 1,6%, ainda assim mais optimista que a recessão estimada para os países desta região que produzem petróleo.

A descida das previsões era esperada já que há um mês o director do departamento africano do FMI, Abebe Selassie, já tinha dito que a realidade era pior que as previsões.

"Esta é uma das alturas mais desafiantes e difíceis de sempre, para a economia e para as pessoas", disse o responsável do FMI durante um "webinar" organizado pelo Instituto Real de Assuntos Internacionais britânico, a Chatham House, em 20 de Maio.

"Quando nos juntámos para fazer as previsões [do relatório de Abril sobre a África subsaariana], centrámo-nos no valor de 1,6% para a contracção económica, o que significa uma redução per capita de 4%, e nessa altura esperávamos que as medidas de confinamento fossem limitadas a um trimestre e que depois haveria uma recuperação. Mas vemos agora que a reabertura das economias e a recuperação está a ser mais lenta, por isso vamos rever a previsão de evolução da economia nas próximas semanas", alertava já o director do departamento africano.

(Leia o artigo integral na edição 580 do Expansão, de sexta-feira, dia 26 de Junho de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)