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Angola

Do ponto de partida rumo à estabilidade

Angola

A verdade é que a realidade hoje recomenda um caminho num sentido muito próximo ao adágio "mais valem poucos e bons, do que muitos e fracos", o que apela a uma estratégia natural de consolidação de mercado, com fusões, aquisições e incorporações no plano dos operadores do sistema financeiro.

Foi assumida pelo Senhor Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, ao nível das prioridades máximas do seu Executivo, a continuidade do processo de saneamento e modernização do Sistema Financeiro Angolano, bem como a mais rápida remoção dos bloqueios que nos são hoje impostos internacionalmente.
Infelizmente, é consabida a elevada expressão de risco reputacional que o nosso sistema financeiro, no seu conjunto, apresenta na sua relação com os sistemas congéneres, nos mais relevantes quadrantes internacionais. O facto é que as mais importantes autoridades de regulação e de supervisão financeira internacionais não consideram como sendo perfeitamente equivalente ou regular, segundo os seus altos padrões de conformidade (compliance), a nossa prestação neste âmbito, chegando a reputar o relacionamento dos seus regulados com a praça financeira angolana como sendo uma relação de alto risco e, portanto, desaconselhável!
Obviamente que o fundado receio de cair na incidência de pesadas penalizações, que podem ir desde avultadíssimas multas até à perda da própria licença de funcionamento, sem descurar o descrédito reputacional junto dos mercados, fazem o seu papel, desestimulando a manutenção do relacionamento com as nossas instituições correspondentes, no quadro de uma manifesta estratégia de de-risking.

*Secretário Executivo do CNEF


(Leia o artigo na integra na edição 447 do Expansão, de sexta-feira 10 de Novembro de 2017, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)