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Gestão

Uma questão de amor

Recursos Humanos

Nas empresas, esse amor tem uma interpelação virtuosa no sentido de comunidade unida como um corpo humano, constituindo a universalidade das motivações laborais, estabilidade, segurança, reconhecimento e crescimento. Observando sempre que o amor é o ponto de partida, a vantagem competitiva sustentável é o ponto de chegada.

Ainda que eu tenha todos os graus académicos e prémios de mérito, se não tiver amor nada sou! Embora ecoe uma leve estranheza no ar e até represente um paradoxo, é prudente afirmar que o amor é a ferramenta mais racional na liderança de uma empresa. Na sua essência, o amor, permite tomar decisões sem muito esforço. No âmbito pessoal, somos exigentes com os aqueles que mais amamos, com o marido, com os filhos e com os nossos melhores amigos. No plano empresarial, não vacilo em dizer que, numa organização que tenha o amor como menção, o nível de exigência sobre todos e cada um é numerosamente maior.
A empresa é um corpo humano cujos membros em conjunto fazem a beleza escultural de andar, comer, falar e dormir, mas este mesmo corpo humano necessita de um diferencial que resulte em vantagens para conquistar uma parceira para amar e ser amado. Necessita conquistar os clientes mostrando ser insubstituível, dando a ideia de que ainda que tenha um produto equivalente mais barato, fidelizo-me com esta empresa porque ela me atrai de forma diferenciada.
Nas economias emergentes o mesmo ocorre. A vantagem competitiva passa por aplicar nas empresas, o amor. O amor ao próximo. O amor ao desconhecido. O amor, em todas as línguas, que será sempre amor. O gestor da empresa, deve ser um empresário do amor capaz de cultivar e espalhar esse sentimento pela empresa através dos valores, atitudes, visão, práticas de desenvolvimento do capital humano e das normas de conduta da empresa.
Num monólogo entre a razão e a emoção podemos ilustrar a conversa entre a Economia e o Amor:
A Economia diz ao amor: "O que eu mais anseio é a sustentabilidade, algo que eu acho que tu, sendo tão emocional, não me podes dar."
*Consultora de Recursos Humanos e docente universitária

(Leia o artigo na integra na edição 473 do Expansão, de sexta-feira 18 de Maio de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)