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Produção petrolífera cresceu e está 65 mil barris acima do previsto no OGE

INVERTEU TENDÊNCIA DE QUEDA NO I TRIMESTRE DESTE ANO

No primeiro trimestre do ano, a produção petrolífera aumentou e ficou acima da média diária de 2023, numa altura que o País procura atrair mais investimentos para o sector de forma a travar o declínio que se tem registado ao longo dos anos na produção daquela que é a principal fonte de receitas do País.

Angola produziu nos primeiros três meses do ano cerca de 102,44 milhões de barris de petróleo, o equivalente a uma média diária de 1,13 milhões de barris, o que representa um crescimento de 4% face aos 1,08 registados no mesmo período do ano passado, de acordo com cálculos do Expansão com base nos relatórios mensais da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG).

A produção média de 1,13 milhões de barris por dia registados no I trimestre está acima da média anual de 1,06 milhões de barris/dia que o Governo inscreveu no Orçamento Geral de Estado (OGE) 2024, bem como dos 1,10 milhões de barris/dia apontados no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023-2027 para este ano.

Ainda assim, este valor que está 65 mil barris acima do que está previsto no OGE 2024 pode sofrer variações já que se trata apenas da produção média diária verificada num só trimestre.

Apesar do aumento da produção verificada nos primeiros três meses do ano, o declínio da produção petrolífera é uma realidade no País, não só pela redução dos investimentos, mas também pelo desgaste dos campos.

De acordo com o CEO da consultora PetroAngola, Patrício Quingongo, depois de em 2022 não se ter verificado um declínio da produção pela primeira vez em seis anos, Angola está hoje a produzir ao máximo da sua capacidade e, a continuar assim, arrisca-se a reduzir ainda mais os níveis de arrecadação de receita por via da exportação desta commodity.

"A taxa de declínio de Angola rondava os 7% e o facto de em 2023 registarmos um declínio de apenas 3,4% significa que os campos marginais colocados em produção no ano passado não foram suficientes para travar o declínio, mas sim para atenuar esse declínio", disse o especialista.

(Leia o artigo integral na edição 774 do Expansão, de sexta-feira, dia 03 de Maio de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)