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Empresas & Mercados

Está decidido que a AngoRe vai mesmo arrancar ainda este ano

SEGUROS E FUNDOS DE PENSÕES

Garantia dada pelo PCA da ARSEG que revela que já está ultrapassada aquela que era a maior dificuldade de todo este projecto - quem é que ia representar o Estado na futura empresa. Todos os operadores do mercado serão convidados a fazer parte do projecto e terão participação no capital social da AngoRe.

A AngoRe, empresa angolana de resseguro pode projectar o sector na sua globalidade, aumentando de forma significativa as divisas que ficam no País, uma solução que foi testada com a reformulação do seguro e resseguro da petroquímica, ligado às actividades petrolíferas, e que no primeiro ano poupou ao Estado cerca de 150 milhões de dólares.

O processo de constituição da empresa já está na fase final, de acordo com o PCA da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), sendo que a maior dificuldade foi identificar quem seria o representante do Estado na estrutura. "Já está definido mas não lhe posso revelar", confirma Aguinaldo Jaime, confirmando que até ao final do ano será apresentado todo o quadro legal que vai reger a empresa, iniciando-se a sua constituição. Um processo que já se arrasta há alguns anos, mas que parece que é agora que vai mesmo arrancar.

É importante salientar que praticamente em todas as empresas nacionais de resseguro, pelo menos numa primeira fase, resultaram de uma parceria público-privada, sento também esta a visão da ARSEG. Este papel fundamental do Estado não tem a ver apenas com capacidade financeira que poderá garantir na nova empresa, mas também na confiança que gerará junto dos operadores, tendo em conta que se for necessário em caso de um factor extraordinário, o Estado intervirá com toda a sua força e poder.

A necessidade de o Estado ter uma posição importante no lançamento da AngoRe é uma visão prudente, entende a ARSEG, porque existem poucos especialistas no sector dos resseguros que é de alguma complexidade, em especial em áreas como o resseguro na aviação civil, resseguro nos petróleos.

Acrescente-se que o maior objectivo da empresa é reter na economia nacional parte dos prémios que são cedidos ao exterior através do resseguro internacional. Em termos práticos, o resseguro pressupõe partilhar o risco, partilhando igualmente o prémio, sendo que se é feito fora das nossas fronteiras, implica a saída de cambiais. (...)


(Leia o artigo integral na edição 546 do Expansão, de sexta-feira, dia 18 de Outubro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)