Ivo São Vicente foi constituído arguido no mesmo processo do pai, e de acordo com a Lusa, ter-se-á manifestado disponível para ser ouvido no processo, tendo afirmado que desta forma ficaria a conhecer "de uma vez por todas os factos que alegadamente são imputados e terão levado à decisão do congelamento das contas bancárias, pessoal e empresarial", há 4 meses.

Entretanto, a Lusa noticia esta sexta-feira, que teve acesso a um despacho da PGR que prolonga a prisão preventiva do pai, Carlos São Vicente, por mais dois meses, dada a necessidade, segundo a PGR, "de se realizarem as diligências em falta". São Vicente está detido desde setembro, em Luanda.

O processo que envolve Ivo e Carlos São Vicente está relacionado com "um esquema ilegal" que lesou a Sonangol em mais de 900 milhões de dólares.

Entre 2000 e 2016, São Vicente, pai, foi diretor de gestão de riscos da Sonangol e, em simultâneo, presidente do conselho de administração da companhia AAA Seguros, sociedade que tinha a petrolífera angolana como única accionista, monopólio que terá proporcionado "um esquema de apropriação ilegal de participações sociais" da seguradora e de "rendimento e lucros produzidos pelo sistema" de seguros e resseguros no sector petrolífero.