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Arábia Saudita e Rússia sugerem que acordo poderá estender-se a 2018

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O cartel definiu como meta baixar a produção de forma gradual até aos 32,5 milhões de barris diários a partir de Janeiro de 2017 para reequilibrar a oferta e a procura no mercado mundial de crude.

As últimas notícias sobre o sector do petróleo dão conta de que a OPEP terá alegadamente discutido nos últimos dias a possibilidade de intensificar os cortes de produção definidos no acordo assinado em Novembro 2016 e que a Arábia Sáudita e a Rússia poderão apoiar a extensão do acordo a 2018. Relembre-se que o cartel definiu como meta baixar a sua produção de forma gradual até aos 32,5 milhões de barris diários a partir de Janeiro 2017, e durante um período de seis meses, como forma de tentar reequilibrar a oferta e a procura no mercado mundial de crude. Isto representava na altura um corte na oferta de 1,2 milhões de barris diários face aos níveis de Outubro. Para além disto, outros países não-membros do cartel, como a Rússia, decidiram também juntar-se à OPEP, comprometendo-se a reduzir a sua produção em cerca de 0,6 milhões de barris por dia.

Perante o actual contexto no mercado, onde o preço do crude continua sob forte pressão devido às incertezas sobre a eficácia deste acordo em conseguir reequilibrar o mercado, quando a produção de petróleo de xisto continua a crescer nos EUA e o nível de existências permanece elevado, a OPEP já tinha dado a entender que poderia estender o acordo para a segunda metade de 2017. Contudo, no início desta semana, os ministros da Energia da Arábia Sáudita e da Rússia vieram sugerir que ambos estariam disponíveis para estender os cortes de produção, para além do final de 2017, redobrando assim os esforços do cartel e dos seus parceiros em reequilibrar o mercado. A reunião do próximo dia 25 de Maio, em Viena, ganha assim ainda mais relevância com o mercado a antecipar que a OPEP venha a anunciar, no mínimo, que irá prolongar o acordo para além de Junho.

Esta semana, destaque também para a divulgação do mais recente relatório do FMI sobre a África Subsaariana. O Fundo refere que o crescimento da região caiu para 1,4% em 2016, o nível mais baixo das últimas duas décadas, e deverá registar uma ligeira recuperação para 2,6%, este ano. Todavia, o FMI alerta que o atraso na implementação de políticas de ajustamento estão a gerar incerteza, a retrair o investimento, e os riscos poderão gerar ainda mais dificuldades no futuro. Em particular, os países exportadores de petróleo, como Angola e Nigéria, ainda estão a lidar com o impacto da queda no preço do crude iniciada na segunda metade de 2014 nas suas receitas públicas e contas externas.

* Eaglestone Securities