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BPC regista maior prejuízo da história da banca nacional com perdas de 53,7 mil milhões Kz

Contas de 2017

O Banco de Poupança e Crédito teve perdas de 53,7 mil milhões Kz no ano passado, ultrapassando o ex-Banco Espírito Santo (BESA) que detinha o maior prejuízo do sistema bancário nacional, fruto de resultados negativos de 47,3 mil milhões Kz em 2014. Resgate do BPC já custou aos cofres do Estado 568,8 mil milhões Kz.

O Banco de Poupança e Crédito (BPC) contabilizou, em 2017, o maior prejuízo da história empresarial angolana, ao registar perdas de 53,7 mil milhões Kz, correspondente a 324 milhões USD, segundo informações do "Prospecto Preliminar" que o Ministério das Finanças (MinFin) apresentou aos investidores, no âmbito do processo de emissão de eurobonds, com o qual Angola encaixou 3 mil milhões USD.
O estatal BPC continua no "vermelho" pelo segundo ano consecutivo. Em 2016, a instituição controlada em 100% pelo Estado (75% directamente, 15% através do Instituto de Segurança Social e 10% pela Caixa de Segurança das Forças Armadas) registou perdas de 29,5 mil milhões Kz, equivalente a 178 milhões USD, o primeiro prejuízo, pelo menos, desde 2001.
Feitas as contas, em apenas dois anos os prejuízos acumulados ultrapassam os 80 mil milhões Kz.
Com os resultados negativos de 53,7 mil milhões Kz em 2017, o BPC destrona do primeiro lugar do ranking dos prejuízos em Angola outro banco, o BESA que perdeu 47,3 mil milhões Kz em 2014.
A entrada do banco no "vermelho" está associada à decisão assumida pelo conselho de administração de constituir provisões de 153 mil milhões Kz, (924 milhões USD) para fazer face ao crédito "malparado". A carteira de crédito banco chegou a 874,4 mil milhões Kz (5,2 mil milhões USD). As provisões são valores colocados de lado para acudir a eventuais perdas.

(Leia o artigo na integra na edição 473 do Expansão, de sexta-feira 18 de Maio de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)