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Trabalho infantil "mancha" Dell Tesla, Apple, Google e Microsoft

ACUSADAS FORMALMENTE NOS ESTADOS UNIDOS

O caso foi apresentado pela organização International Rights Advocates em nome de 14 famílias congolesas, cujos menores de idade morreram ou ficaram gravemente feridos. Esta é a primeira vez que a indústria tecnológica enfrenta uma ação legal sobre a fonte do cobalto que utiliza nos seus produtos.

Cinco das maiores empresas de tecnologia do mundo foram acusadas por uma organização de direitos humanos de serem cúmplices na morte e ferimentos graves de crianças na República Democrática do Congo, obrigadas a extrair cobalto, metal utilizado para fabricar telefones e computadores.

A queixa legal em nome de 14 famílias congolesas foi apresentada no domingo pela International Rights Advocates, contra a Tesla, Apple, Alphabet (Google), Microsoft e Dell Technologies, uma organização sem fins lucrativos com sede nos Estados Unidos.

Alegadamente, as empresas fazem parte de um sistema de trabalho forçado que as famílias alegam ter provocado a morte e ferimentos graves aos seus filhos, lê-se no documento da International Rights Advocates, citado pela agência noticiosa Reuters.

Imagens anexas ao processo revelam crianças com membros dilacerados ou amputados, tendo seis dos 14 menores agora representados pela instituição morrido em desabamentos de túneis. As restantes sofreram ferimentos graves. O processo revela que as crianças, algumas com menos de seis anos de idade, foram forçadas pela pobreza extrema a deixar a escola e trabalhar nas explorações de cobalto da empresa britânica Glencore, que já tem um histórico de acusações de utilização de trabalho infantil e que nega as acusações.

Um porta-voz da Glencore afirmou que a empresa "observa as alegações contidas num processo nos EUA arquivado a 15 de Dezembro de 2019. A produção de cobalto da Glencore, no Congo, é um subproduto da nossa produção industrial de cobre. As operações da Glencore não compram ou processam nenhum minério extraído artesanalmente. A Glencore não tolera nenhuma forma de trabalho infantil". (...)


(Leia o artigo integral na edição 555 do Expansão, de sexta-feira, dia 20 de Dezembro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)