Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Logo WeekendWeekend

"A Fundação tenta ver as crises como um desafio e não um obstáculo"

Entrevista a Inês Mota

A Mota-Engil está em Angola há 72 anos e traz agora o prémio "Manuel António Mota - Uma vida em Angola", através da sua fundação, que premeia organizações filantrópicas. Inês Mota, presidente do comité de África, diz que fariam mais sem a crise.

Que razões levaram à criação do prémio "Manuel António da Mota - Uma vida em Angola"?
Este prémio é o mais importante acontecimento para a Fundação Manuel António da Mota e para a responsabilidade social do Grupo Mota-Engil. Agora que o Prémio MAM está consolidado em Portugal, faz todo o sentido implementá-lo em Angola, território onde a Mota-Engil actua há quase 73 anos. Este é também um marco importante para firmar a presença da actuação da Fundação MAM em Angola.

Que tipo de organizações podem concorrer ao prémio?
O Prémio Manuel António da Mota está destinado a organizações não governamentais sem fins lucrativos; devem concorrer instituições cujo trabalho junto das populações é reconhecido. Estamos a finalizar o regulamento, mas adianto que todo o processo de candidaturas será baseado em testemunhos e avaliações in-loco. No prémio realizado em Portugal, as avaliações in-loco só são efectuadas na selecção final. Esta é uma melhoria do processo que nos vai permitir garantir, à cabeça, a qualidade de todos os projectos e a viabilidade das condições de atribuição do prémio.

Que vertente é que o prémio distingue?
O Prémio Manuel António da Mota - Uma Vida em Angola, distingue organizações que trabalham na vertente da solidariedade social, desde a garantia da saúde e da educação dos mais desfavorecidos, passando pelo apoio familiar, ao desenvolvimento das comunidades vulneráveis, à primeira infância e à criança, entre outras. O foco deste prémio é distinguir estas entidades que, de forma altruísta, resolvem verdadeiros problemas sociais nos países onde nos inserimos e que merecem o reconhecimento de toda a sociedade.

Que periodicidade está definida para o prémio?
Pretende-se uma periodicidade anual, sendo a 1.ª edição em 2020.

Quanto será atribuido ao vencedor?
Este ano, com o anúncio do prémio para 2020, foi atribuído um valor de 50.000 USD, entregue em Kz. Para a primeira edição em 2020, tencionamos oferecer um valor superior e distinguir mais de que uma instituição.

No lançamento do prémio em Angola, foi distinguida a fundação Dom Bosco. Pode explicar as razões?
A Fundação Dom Bosco faz um trabalho muito próximo da comunidade e merecedor deste reconhecimento. Muda a vida das crianças mais vulneráveis, dando- lhes um futuro digno. Ao longo destes 37 anos, já mudou muitas vidas e a equipa da Fundação Manuel António da Mota, composta pelas minhas colegas do Comité África e da Mota-Engil Angola, que acompanharam, no local, o trabalho de todas as instituições pré-seleccionadas para esta distinção, reconheceram esta organização como a mais merecedora deste prémio.

Organizações de todas as províncias poderão participar ou apenas de Luanda?
Na primeira edição estarão abrangidas organizações de todas as províncias.

Além de Angola, que outros países vão receber o prémio?
Para além do prémio em Portugal e em Angola, não está prevista a atribuição de prémios, de momento, em outras geografias.

Quais são as áreas de actuação da vossa responsabilidade social, em Luanda?
O programa "Mota-Engil African Initiatives" privilegia duas áreas de actuação: saúde e educação. Este programa abrange acções em todo o território angolano, não apenas em Luanda.

A crise impede que desenvolvam mais actividades filantrópicas?
A Fundação Manuel António da Mota tenta ver as crises como um desafio e não um obstáculo, apesar de ter de se adaptar à realidade económico-social dos países onde actua. É claro que a disponibilidade de verbas permite à Fundação Manuel António da Mota aumentar o impacto das acções e o número de beneficiários.

Filantropia em Angola é premiada pela Mota-Engil

A Fundação Manuel António da Mota, que institui o prémio no País, constitui a matriz e tradição filantrópica do Grupo Mota-Engil. A fundação Dom Bosco foi a instituição distinguida na cerimónia de lançamento do prémio, que terá uma periodicidade anual em Angola, o único país onde o galardão será atribuído, para além de Portugal.

Inês Mota, presidente do Comité de África da Fundação Manuel António da Mota (MAM), disse que gostariam de actuar em tantas áreas quanto fosse possível, mas o programa "Mota-Engil African Initiatives" olha para os investimentos na saúde e educação como os de maior impacto no desenvolvimento de qualquer sociedade.

Inês Mota, que partilha as tarefas do comité com Teresa Mota e Alexandra Mota, espera que a presença da Fundação MAM em Angola venha a ser, igualmente, "uma história de sucesso, deixando a sua marca filantrópica na sociedade angolana, tal como a Mota-Engil fez" na área da construção