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Angola

Standard & Poor"s mantém rating de Angola em B-

Com perspectiva estável

Na base estão a baixa oferta de moeda estrangeira, a elevada inflação e a contínua dependência do petróleo. Os especialistas S&P alertam que a oferta de moeda externa vai continuar limitada devido aos elevados pagamentos da dívida e ao pequeno aumento da produção petrolífera, o que vai limitar a capacidade do Governo para apoiar a economia.

A agência de notação financeira Standard & Poor`s (S&P) decidiu manter o `rating` de Angola em B-, abaixo da recomendação de investimento, que mantém também a perspectiva sobre a evolução da economia do País em Estável, considerando que as vulnerabilidades continuam elevadas. Na base estão a baixa oferta de moeda estrangeira, a alta taxa de inflação e a contínua "forte" dependência do petróleo.

"Os elevados níveis de dolarização de Angola e a baixa oferta de moeda estrangeira, uma vez que o Governo dá prioridade ao reembolso da dívida externa, vão impedir uma melhoria mais substancial nas condições económicas mais amplas", escrevem os analistas na nota enviada aos investidores, realçando que "os custos do serviço da dívida deverão ter atingido um pico em 2023, mas as vulnerabilidades externas e orçamentais continuam elevadas e susceptíveis às dinâmicas dos sectores cambial e petrolífero".

Assim, para S&P, a perspectiva de evolução estável equilibra face às grandes necessidades de financiamento externo e aos riscos de financiamento nos próximos 12 meses, com os preços positivos do petróleo e reservas relactivamente estáveis.

As reformas para reduzir a dependência do petróleo "têm feito um progresso lento", com o Governo a dar "passos significativos nas políticas nos últimos anos para reduzir os desequilíbrios económicos, gerir os próximos pagamentos de dívida e melhorar a produção interna não petrolífera, mas os sucessivos choques externos as melhorias meramente marginais na capacidade de produção não petrolífera impediram uma diversificação significativa", diz a agência norte-americana.

No entanto, até 2027, os especialistas S&P alertam que a oferta de moeda externa vai continuar limitada devido aos elevados pagamentos da dívida e ao pequeno aumento da produção petrolífera, o que vai limitar a capacidade do Governo para apoiar a economia, afetada por sucessivos choques, elevada inflação e ainda a recuperar dos efeitos da recessão entre 2016 e 2020.

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