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Economia

Fundos de capital de risco procuram novos investidores

BROWFIELD E GREENFIELD

Interessados têm cinco meses para se juntar aos investidores. Empresas de diferentes sectores ganham alternativa de financiamento.

Os primeiros fundos de capital de risco certificados pela Comissão de Mercado de Capitais, Greenfield e Brownfield, estão abertos a receber novos investidores para subscrever parte das 600 unidades de participação, revelou ao Expansão João Santos, o PCA da DeltaGest, sociedade gestora de organismos de investimentos coletivos responsável pela gestão de ambos os fundos de investimento. Os dois Fundos - Greenfield e Brownfield - fechados e de subscrição particular, já estão registados na Comissão de Mercado de Capitais e terão uma capitalização máxima de 7,5 mil milhões de kwanzas com um total 600 unidades de participação.

A estratégia de criação de dois fundos distintos teve como objectivo a captação de dois diferentes tipos de investidores, preenchendo áreas distintas de mercado de capitais. Para o Fundo Greenfield, "estamos à procura de investidores que, para além da rentabilidade financeira, também têm preocupações relacionadas com o Ambiente, a sustentabilidade e a governança (Environment, Sustainability and Governance ESG)", explicou João Santos.

Para o segundo Fundo, o Brownfield, a DeltaGest está à procura de investidores preocupados principalmente com a rentabilidade financeira. Sobre os projectos a financiar por cada fundo, João Santos esclarece que o Fundo Greenfield (ESG) tem como objectivo investir em empresas que operem em áreas de actividade económicas com impacto adicional na estruturas sociais da população em geral, "nomeadamente em estruturas produtivas medicamentosas, acesso a fontes de energia renovável e sustentável, participação no desenvolvimento do turismo de maneira ambientalmente sustentável, equipamentos culturais", diz.

Já o fundo Brownfield tem como objectivo investir em empresas que operem em áreas de actividade económicas de capital intensivo como as indústrias extractivas e transformadoras, em activos prestadores de serviços tecnológicos, activos com potencial mas em processo de renegociação de dívidas, e activos no processo embrionário de desenvolvimento de startups do sector IT e FinTechs, e activos de apoio ao processo de distribuição à produção Nacional.

Em ambos os fundos, a decisão de montantes a investir dependerá sempre do plano de negócios que a DeltaGest pretende implementar, mas variará sempre de umas poucas dezenas de milhões de kwanzas para projectos "seed" até centenas de milhões para projectos de expansão de operações.