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Mundo

Brent recua para mínimos do ano

SEMANA DE 25 A 30 DE NOVEMBRO

Política "Covid zero" na China impôs confinamentos em diversas cidades e afectou negativamente o preço do Brent. OPEP vai reunir este domingo para decidir eventuais novos cortes.

O barril do Brent registou a terceira semana consecutiva de saldo negativo, tendo-se aproximado nos últimos sete dias a mínimos do ano. Os rígidos confinamentos adoptados pela China para travar a propagação da pandemia da Covid-19 têm sido o maior factor de pressão aos preços. Os investidores temem que isto venha causar menor procura de crude por parte do maior importador mundial, dado que se verificaram paralisações de produção em muitos sectores da actividade económica e consequente redução do consumo de refinados.

Contudo, as perdas foram atenuadas após a divulgação de dados das reservas de crude dos Estados Unidos da América, que caíram em 8 milhões de barris na semana que terminou a 25 de Novembro, segundo o American Petroleum Institute. Para os próximos dias, os investidores aguardam pela reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, agendada para este domingo, para perceber se haverá um novo corte na produção, tal como aconteceu no mês de Outubro.

Em termos de evolução semanal, o Brent, referência para as exportações de alguns países de África incluindo Angola, recuou 1,80% para 83,87 USD por barril. Por seu lado, o WTI, negociado em Nova York, avançou ligeiros 0,95% para 78,68 dólares por barril.

Na política monetária, deve-se realçar o facto de o Banco Central Europeu (BCE) ter referido que a inflação na Zona Euro deverá continuar a acelerar, sendo que o BCE continua determinado a subir taxas de juros o quanto for necessário, visando alcançar o objectivo de ancorar as expectativas de inflação de médio prazo nos 2%. O BCE afastou o cenário da inflação no bloco económico ter já atingido o pico, depois de ter alcançado o máximo histórico de 10,6% em Outubro. Com isto, os índices bolsistas do continente evoluíram de forma tímida ao logo da semana. Na Europa, os índices subiram em média 0,4%.

A mesma tendência de evolução verificou-se nos EUA, onde os índices subiram em média 0,60% face à semana anterior. Para a semana, os investidores ficarão atentos ao discurso do Presidente da Reserva Federal norte-americana, na esperança de obter pistas sobre se o próximo aumento da autoridade monetária irá descer para os 50 ponto base, face às subidas anteriores de 75 pontos.

Por fim, importa referir aqui, que a economia alemã cresceu mais no 3.º trimestre do que o previsto, apesar da crise energética e inflação que pesam sobre ela. O PIB cresceu 0,4% entre Julho e Setembro. Apesar disso, o Governo mantém a previsão de queda do PIB no 4º trimestre, e prevê uma recessão de 0,4% em 2023.