Ou seja, no último mês as empresas apenas produziram 5% do total de diamantes extraídos em Janeiro.

Essa quebra na produção é atribuída à pandemia da Covid-19 que afectou a indústria extractiva de diamantes, tendo obrigado as empresas a reduzir a sua actividade. Recorde-se que muitos trabalhadores entraram quarentena e que o maior operador, a Catoca, teve um foco de infecção que obrigou à suspensão das suas actividades.

Durante o período em análise, o mês de Maio foi o pior de todos os tempos (ver tabela), tendo registado uma produção de 41 mil quilates, gerando uma receita fiscal de 572 milhões Kz, o equivalente a 15 milhões USD.

Fontes ligadas à comercialização de diamantes da SODIAM avançam que o mercado internacional de diamantes está encerrado, obrigando as empresas a fazerem stockagem.

A Sociedade Mineira de Catoca foi obrigada a paralisar uma central de tratamento e actualmente opera com apenas metade da sua força de trabalho, ou seja, trabalham na mina perto 1.000 trabalhadores.

Além de Catoca, que explora a quarta maior mina de diamantes a céu aberto a nível mundial, muitas outras minas diminuíram ou tiveram de suspender a sua actividade produtiva, tudo porque as bolsas internacionais estão quase que inactivas. Não havendo compradores, não é possível fazer vendas.

Por isso as exportações de diamantes também estão em queda. A AGT, no seu mapa sobre a arrecadação fiscal do sector, indica
que a receita em dólares também caiu 83%, para 30 milhões USD em Agosto, contra os 176 milhões arrecadados em Janeiro.

A produção diamantífera no mês de Março caiu 83,3% comparativamente ao mesmo mês de 2019. Já em Maio a queda foi de 71,4% em comparação com igual período do ano passado.

(Leia o artigo integral na edição 594 do Expansão, de sexta-feira, dia 2 de Outubro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)