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Angola

Reserva Estratégica Alimentar com base na importação compromete diversificação

EMPRESÁRIOS E ESPECIALISTAS AVISAM

Limitação da produção nacional e da diversificação económica, a constituição de monopólios, conflito de interesses e falta de transparência são alguns dos riscos referenciados. Mas também há críticas à forma como processo foi conduzido e à entrega da entidade gestora a um consórcio que junta a Gemcorp e o grupo Carrinho.

O formato e forma como foi criada e será gerida a Reserva Estratégica Alimentar (REA) levanta alguns alguns riscos, de acordo com os especialistas ouvidos pelo Expansão. Entre estes destacam-se a limitação da produção nacional e da diversificação económica uma vez que são as importações que estão a abastecer a reserva, a possibilidade de constituição de monopólios, conflito de interesses e pouca transparência na gestão das necessidades alimentares do País.

Sobre a constituição da REA, Carlos Cambuta, da Acção Para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), refere "que esta não foi alvo de um debate público nacional, de forma que todos os principais agentes do mercado pudessem dar a sua opinião sobra a forma como devia ser constituída e gerida. Não houve divulgação, também foi tudo muito rápido em termos de concurso, os operadores não tiveram tempo de se prepararem para se candidatarem". E defende mesmo que "não havia necessidade de identificar um agente privado para esta tarefa. Bastaria ser o ministério com as cadeias comerciais a coordenarem-se. Naturalmente que a entrada de um ente privado suscita várias nuances de análise...".

A este propósito, cabe recordar que Eduardo Barroso, coordenador do Entreposto Aduaneiro de Angola, entidade que é responsável pela REA, disse no programa televisivo Directo Ao Ponto, da TV Zimbo, que se procurou um ente privado porque "o Entreposto não tinha capacidade técnica nem operacional para esta tarefa. Tem apenas armazéns, meios e pessoas que podem ser reintegrados na entidade gestora".

(Leia o artigo integral na edição 658 do Expansão, de sexta-feira, dia 21 de Janeiro de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)