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Preconceito afasta as mulheres das artes cénicas

Cultura no feminino em debate

A participação das mulheres no teatro em Angola esbarra com o preconceito e a falta de apoio familiar, afirmou Danilsa Gonçalves, bolseira do Procultura, programa co-financiado pela União Europeia e gerido pelo Camões, num debate no Centro Cultural Português do Dia da Mulher.

Danilsa Rodrigues, que está a estudar Teatro na Universidade de Évora, Portugal, testemunhou online as dificuldades que as mulheres enfrentam para fazer teatro. Poucas alunas do CEARTE - Complexo Escolar das Artes, no Camama, terminam a formação e as que concluem têm de "mentir" às famílias, e muitas mulheres "são impedidas de fazer teatro, quando vão para casa dos maridos". Por isso, dos mais de mil grupos de teatro em Angola apenas três são dirigidos por mulheres.

Maria João Ganga, directora da Casa das Artes, em Talatona, culpou as igrejas pelo preconceito, concordando com a bailarina e coreógrafa Ana Clara Guerra Marques na necessidade de se criar um subsistema de educação, que ajude a formar público.

Para eliminar estereótipos, o plano de reforma curricular prevê a inclusão da Igualdade de Género, indicou Elsa Barber, secretária de Estado para a Família e Promoção da Mulher.