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Angola

Agricultores sul-africanos ponderam mudar-se com as famílias para Angola

CONVERSAÇÕES COM O GOVERNO ANGOLANO

A entrada de investimento sul-africano na agricultura em Angola obedece a parâmetros diferentes dos que aconteceram com capital que veio de outras partes do Mundo. Os empresários, que são também agricultores de várias gerações, vêem viver para cá e trazem as suas famílias. Não será para já, porque também há muitos constrangimentos para resolver. Mas existem negociações.

Chega a Luanda no próximo dia 1 de Dezembro uma delegação de empresários sul-africanos, que de acordo com as informações veiculadas pela embaixada angolana naquele País, estarão interessados em investir no sector da agricultura. O convite foi feito pela Secretaria para o sector produtivo da Presidência da República, e o Expansão apurou junto do Ministério da Agricultura, que vai acompanhar esta delegação nas visitas de campo, que o projecto é completamente diferente daquele que outros investidores agrícolas desenvolveram no nosso País.

Os agricultores sul-africanos pretendem-se mudar com as famílias para o nosso país para viver e desenvolver projectos agrícolas e não apenas para investir na agricultura. A instabilidade social e o agudizar da tensão racial, associado ao aumento da violência e a voz corrente em sectores políticos da extrema esquerda (cujo rosto é Julius Malema) de que é necessária uma nova reforma agrária no País, leva os agricultores brancos sul-africanos a encarar a possibilidade de saírem.

O facto de Angola ter estabilidade política e paz social, ter um novo enquadramento para o investimento estrangeiro, possuir terras aráveis e abundância de água, coloca o nosso País da rota destes agricultores. De acordo com o que apurámos, não é a primeira vez que estes empresários se deslocam a Angola e que se coloca esta possibilidade.

A localização para estes projectos agrícolas tem vindo a ser discutido entre as partes, sendo que numa primeira fase os sul- -africanos pretendiam fixar-se nas províncias do Huambo e do Lubango, enquanto que o Governo angolano pretendia que estes se realizassem mais a leste do território, onde o desenvolvimento económico é muito menor apesar do enorme potencial. Ficou decidido que para esta visita seriam visitados terrenos nas províncias Malange, Bié e Cuando Cubango, que mereceram a aprovação das partes.

As zonas de Nharea e Camacupa serão aquelas que poderão numa primeira fase acolher este projecto. São terras aráveis, com bastante água e pluviosidade, perto da linha férrea para o Moxico e da futura ligação à fronteira da Zâmbia. Diga-se que este é apenas o primeiro passo, pois há informações concretas que existem mais agricultores sul-africanos com disposição de vir viver para Angola, de acordo com a evolução da situação na África do Sul e da forma como correr a adaptação dos primeiros agricultores que vierem a fixar-se no nosso País. (...)

(Leia o artigo integral na edição 550 do Expansão, de sexta-feira, dia 15 de Novembro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)

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