Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Angola

Angola perdeu mais de 100 mil empregos formais em três meses

DESDE DEZEMBRO DE 2024

Por cada dez pessoas com emprego em Angola, oito sobrevivem à conta de biscates e de outras actividades informais, e apenas duas têm um emprego formal, que lhes garante maior segurança e direitos. A taxa de informalidade voltou a crescer, atingindo o valor mais alto em 14 trimestres.

O número de empregos formais em Angola passou de 2.563.730 em Dezembro de 2024 para 2.460.831 no final do I trimestre, uma diminuição de 102.899 num período em que foram criados mais 335.178 empregos na informalidade. Por outro lado, a população desempregada encolheu em 160.997 pessoas neste período, enquanto a população inactiva aumentou em 159.346 pessoas, anulando, desta forma, a diminuição do número de desempregados, de acordo com cálculos do Expansão com base no inquérito ao Emprego em Angola do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao I trimestre de 2025.

Esta "transferência" do número de desempregados para a inactividade permitiu que a taxa de desemprego caísse de 30,4% no final de 2024 para 29,4% no I trimestre deste ano, tratando-se da taxa de desemprego mais baixa desde o II trimestre de 2019, quando atingiu os 28,7%.

Ainda assim, segundo os dados do INE, o número de empregos aumentou em 232.280 nestes três meses, número que é o saldo líquido entre os 335.177 empregos informais criados e os 102.899 empregos formais extintos. Assim, no final de Março, dos 18.154.714 de angolanos em idade activa para trabalhar, 5.340.156 estavam desempregados e 12.814.558 tinham emprego, o que pelos critérios do INE significa que tinham efectuado um trabalho de pelo menos uma hora nos 7 dias anteriores ao inquérito, mediante o pagamento de uma remuneração ou com vista a um benefício ou ganho familiar em dinheiro ou em espécie; ou tinham uma ligação formal a um emprego, mas não estavam ao serviço; ou que tinham uma empresa, mas não estavam temporariamente a trabalhar por uma razão específica; ou estavam em situação de reforma, mas a trabalhar.

Critérios bastante criticados por especialistas, já que consideram que, apesar de serem os mesmos praticados noutras latitudes, em Angola acabam por desvirtuar os reais números do desemprego. De outra forma, os números do desemprego seriam mais elevados.

A elevada informalidade da economia nacional é o... Leia o artigo integral na edição 827 do Expansão, de Sexta-feira, dia 23 de Maio de 2025, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

Logo Jornal EXPANSÃO Newsletter gratuita
Edição da Semana

Receba diariamente por email as principais notícias de Angola e do Mundo