Angola sobe 37 posições em índice britânico que mede a reputação internacional
Angola passou do 69º lugar, o ano passado, para 32º este ano, no índice de países da agência de comunicação britânica FutureBrand - que compara os 75 países líderes em termos de PIB, segundo os critérios do Banco Mundial, e ordena-os de acordo com a imagem e reputação que têm internacionalmente.
O estudo anual, hoje publicado, atribui à transição política e a uma nova projecção mundial de Angola a subida de 37 posições. Segundo explicou o diretor de Estratégia Global, Jon Tipple, à agência Lusa, "o que Angola beneficia agora é de uma positividade em geral", sendo que o País tem pela frente um desafio, "de manter a estabilidade, demonstrar a novidade, apoiar a tolerância, ser visto como um bom local para fazer negócios, para viver ou estudar e passar tempo", vincou Tipple, durante um evento organizado pela Associação de Imprensa Estrangeira, no Reino Unido.
Em 2019, Angola estava em 69.º lugar, abaixo de países como o Sudão, Myanmar ou Cazaquistão, sendo que este ano ultrapassou a Argentina, Brasil, Grécia e China.
África afirma-se aliás neste índice pela confiança global crescente, com Angola, Argélia (34.º) e Quénia (46.º) entre os cinco países com melhor desempenho desde o ano passado, e no Oriente Médio, que viu os Emirados Árabes Unidos (9.º) a entrar para os 10 primeiros pela primeira vez. O Brasil, nona maior economia mundial, desceu 10 posições, para 57.º lugar. O Japão mantém a primeira posição, desde a criação deste índice, em 2014, seguido pela Suíça, Alemanha e Canadá. Em ano de tensões políticas e polémica gestão da pandemia, os Estados Unidos (13.º) e o Reino Unido (20.º) mantiveram-se no top 20, o que atesta a imagem internacional de economias robustas.
O índice usa uma metodologia cuja classificação assenta num questionário feito a 2.500 profissionais qualificados que viajam frequentemente, que pontua 18 atributos distribuídos por seis categorias: turismo, tradição e cultura, qualidade de vida, potencial económico, valores sociopolíticos e produtos originais. Este ano, os inquiridos foram também questionados sobre a pandemia da Covid-19.
De referir que, a exemplo de Angola, que já viveu períodos de guerra e instabilidade social e política, o índice tem em conta o "factor novidade", que beneficia frequentemente estes países dos quais emergem outros motivos de interesse, como as belezas naturais, o potencial económico e valores sociopolíticos.