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Angola

Discurso do Estado da Nação agendado para segunda-feira

ABERTURA DO ANO PARLAMENTAR

O que se espera do Presidente da República são respostas às questões que preocupam os angolanos e que não se perca num discurso longo e exaustivo cheio de números, como aconteceu o ano passado, antes que fale da estratégia do Governo para resolver os problemas de pobreza nos próximos anos, dos passos a dar no combate à corrupção, da forma de segurar os profissionais angolanos no território, da posição do País face aos conflitos mundiais e, fundamentalmente, que seja mobilizador.

O Presidente da República, João Lourenço, vai segunda-feira, 16, à Assembleia Nacional abrir o ano parlamentar com o discurso do Estado da Nação, como está previsto na Constituição do País. Acontece num momento particular e difícil para a nossa economia, depois de uma desvalorização cambial que fez disparar novamente a inflação e de as condições de vida da maioria da população se terem degradado, o que levou a um êxodo de cidadãos para a Europa. Também aumenta o descontentamento das pessoas, com inúmeras manifestações e greves em vários sectores profissionais.

Mas também é um momento em que Angola está a redefinir as suas alianças, aproximando-se dos Estados Unidos, provocando uma maior frieza nas relações com a China, Rússia e, no limite, com o bloco dos BRICS. Também está a proceder a inúmeras reformas internas tentando resolver o problema do ambiente de negócios que afasta os investidores, em que abriu as suas fronteiras a cidadãos de mais de 90 países e que se prepara para Zona de Comércio Livre Africana Continental.

O que se espera do Presidente da República são respostas às questões que preocupam os angolanos e que não se perca num discurso longo e exaustivo cheio de números, como aconteceu o ano passado, antes que fale da estratégia do Governo para resolver os problemas de pobreza nos próximos anos, dos passos a dar no combate à corrupção, da forma de segurar os profissionais angolanos no território, da posição do País face aos conflitos mundiais e, fundamentalmente, que seja mobilizador.

Esta é uma oportunidade quase única para o presidente João Lourenço falar para dentro e para fora. O tipo de linguagem tem por isso que ser incisiva e entendível, com ideias precisas e viradas para o futuro. Quais são os desafios e o que vamos fazer no próximo ano. Ideias claras sobre coisas tão simples como combater os baixos salários ou a subsidiação dos combustíveis, ou mais complicadas como o nosso posicionamento face aos conflitos mundiais e à nova ordem que se está a constituir.

O tempo do discurso é igualmente importante, pois todos sabemos que acima de 45 minutos, em média, os ouvintes perdem o foco e dispersam-se.

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