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Angola

Baixos salários atiram professores universitários para a "turbo docência"

Acumulação de vários empregos potencia baixa qualidade do Ensino Superior

A falta de qualidade no ensino superior foi assumida no discurso à Nação, mas os baixos salários e condições de trabalho, sobretudo no ensino privado, constam no caderno reivindicativo do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNPES) há anos. Factores da degradação da carreira docente, que se acentuaram com a pandemia, estão por trás da greve geral de sexta-feira

Os salários dos professores do ensino superior privado em Angola variam entre 1.500 Kz a 10.000 Kz por tempo lectivo (uma hora de aulas), dependendo da categoria do professor e da instituição de ensino, facto que leva à "turbo docência" ou o vulgo "garimpo", empurrando para baixo a qualidade do ensino superior, segundo apurou o Expansão junto da Sindicato Nacional do Ensino Superior (SINPES).

No seio das instituições privadas é ponto assente que efectivamente os ordenados dos professores são "miseráveis", mas dificilmente poderá ser invertido esse ciclo porque estas instituições sobrevivem das propinas dos alunos e os custos operacionais são altos. E ainda cumprem o dever de pagar o Imposto de Selo, que deu um salto de 1% para 7%.

As instituições privadas estão "inseridas no mesmo ambiente económico que as demais empresas em Angola, onde há ineficiência das redes públicas de fornecimento de energia e de água, facto que as obriga a utilizarem geradores e a comprarem água aos camiões cisternas, agravando os custos operacionais", lamentou o reitor de uma universidade privada no interior do país.

(Leia o artigo integral na edição 648 do Expansão, de sexta-feira, dia 29 de Outubro 2021, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)